Nova geração do Toyota Prius chega ao País

Jornal do Carro

 

A Toyota começa a vender amanhã a quarta geração do híbrido Prius. O modelo chega por R$ 119.950, pequeno aumento em relação ao modelo 2015 (R$ 117.610), mas o preço ainda o mantém como o híbrido mais barato do País. O Ford Fusion Hybrid (que é de categoria superior, tem mais espaço e potência) custa R$ 149.900.

 

O novo Prius mudou completamente, e utiliza a nova plataforma global da Toyota, denominada TNGA (Toyota New Global Architecture, em inglês). Além da tecnologia híbrida, ele traz, entre seus avanços, um sistema de ar-condicionado capaz de reconhecer se o banco traseiro está sendo utilizado. Com essa informação, ele “decide” se precisa ou não mandar ar refrigerado para a parte de trás do carro. Caso não seja necessário, ele direciona ar apenas para a frente, o que torna o sistema mais eficiente e econômico.

 

O sistema híbrido combina motor 1.8 16V a gasolina, de 98 cv, e um elétrico de 72 cavalos. Juntos, geram potência de 123 cavalos, e são capazes de levar o hatchback de 0 a 100 km/h em 11 segundos, de acordo com os dados da montadora japonesa.

 

Melhor que isso, porém, são os números de consumo. A Toyota informa que o Prius é capaz de fazer média de 18,9 km/l na cidade e 17 km/l na estrada, valores endossados pelo Inmetro, e que o qualificam como o carro mais eficiente do País em termos de aproveitamento de combustível. Ao contrário de automóveis movidos com motor a combustão, os híbridos são mais econômicos em trajetos urbanos, condição em que eles funcionam mais no modo elétrico.

 

Em termos de visual, o modelo recebeu linhas mais agressivas, e abandonou o aspecto conservador das gerações anteriores. Faróis (LEDs) têm formato de bumerangue, e a carroceria é repleta de vincos. A montadora destaca o formato “triangular” do hatch, com o bico central dianteiro (onde está o logotipo da marca) formando um dos vértices, e as lanternas traseiras os outros dois. Pode-se não gostar do estilo, mas não há como negar que o novo Prius tem formas futuristas.

 

Outro benefício do novo formato foi em relação à aerodinâmica. As novas linhas resultaram em Cx (coeficiente aerodinâmico) de 0,24, contra 0,25 do modelo anterior. Quanto menor o número, melhor a aerodinâmica. E um dos principais fatores para isso foi o fato de a dianteira ter sido rebaixada em 7 cm em relação ao capô do modelo de terceira geração.

 

A mesma agressividade do visual a Toyota pretende imprimir também ao que nem sempre é visível: a poluição. A montadora divulgou em setembro do ano passado que, até 2050, todos os automóveis da marca serão híbridos ou elétricos (incluindo os alimentados por células de combustível).

 

Em relação ao Prius anterior, o novo modelo ficou 6 cm mais comprido (4,54 m) e 2 cm mais baixo (1,47 m). Isso reforçou seu perfil esportivo, e também melhorou o espaço interno, embora o porta-malas tenha perdido um pouco de espaço (caiu de 446 para 412 litros). A bateria foi transferida do bagageiro para a parte de baixo do banco traseiro. Com isso, houve melhora na distribuição de peso (que ficou mais centralizada) e no centro de gravidade, que foi reduzido.

 

Como o exterior, por dentro do Prius também tem linhas modernas. A alavanca do câmbio CVT (relações continuamente variáveis) tem forma de joystick e fica no painel. Há sistema multimídia com tela de sete polegadas (com navegador GPS e TV, entre outras comodidades) e outras duas telas de 4,2 polegadas que trazem informações sobre o carro, incluindo o modo de operação do veículo (se ele está se movendo por eletricidade, por gasolina ou ambos), carga de bateria, consumo, etc.

 

Além disso, é possível selecionar uma das quatro opções de condução (Eco, Power, Normal e EV). A EV refere-se à operação apenas com motor elétrico. Há ainda head up display, que projeta informações no para-brisa.

 

O modelo traz sete airbags, mas, apesar de toda a tecnologia e segurança, o Prius não oferece nada que diga respeito a direção autônoma. Não há, por exemplo, dispositivos que impeçam o carro de mudar involuntariamente de faixa, nem controle de cruzeiro adaptativo, estacionamento e frenagem automáticos, etc.

 

O Prius é avançado, não há a menor dúvida. Mas ainda há muito espaço para evoluir. (Jornal do Carro)