Reuters
A Argentina e o Brasil acertaram prorrogar o acordo automotivo bilateral por um ano nos termos atuais, disse nesta terça-feira o ministro argentino de Produção, Francisco Cabrera.
O acordo vigente, que expira no final deste mês, permite que o Brasil exporte 150 dólares em veículos e autopeças para cada 100 dólares que importa da Argentina, sem pagar impostos. O acordo também regula participação de mercado.
A demanda está fraca em ambos os países, com o Brasil, maior comprador estrangeiro de carros argentinos, enfrentando uma recessão e a Argentina tendo que lidar com inflação alta e uma desvalorização cambial que reduziu o valor do peso em 29%.
“Vai continuar nos mesmos termos, o que é muito bom para a Argentina. Durante um ano”, disse a jornalistas o ministro.
Na véspera, o presidente da associação montadoras do Brasil (Anfavea), Antonio Megale, afirmou que tinha expectativa de que o acordo fosse prorrogado nos termos atuais, com pequenos ajustes, mas que a indústria esperava que a renovação ocorresse por prazo de pelo menos dois anos.
A produção de veículos do Brasil este ano deve encolher 5,5%, para o menor nível desde 2004, segundo dados da Anfavea. A perspectiva para as exportações, porém, é de avanço de 21,5% em 2016.
Na Argentina, a produção de veículos acumulou queda de 12,5% nos primeiros cinco meses do ano sobre o mesmo período de 2015, enquanto as exportações, cujo destino principal é o Brasil, recuaram 26,5% na mesma comparação. (Reuters)