O Estado de S. Paulo
As montadoras instaladas no Brasil terminaram maio com o menor nível de produção para o mês desde 2004. Foram 175.309 veículos produzidos no quinto mês do ano, queda de 18% em relação a igual período do ano passado, mas alta de 3,2% em comparação a abril deste ano, informou nesta segundafeira, 6, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No acumulado de janeiro a maio, 834.054 unidades saíram das fábricas, recuo de 24,3% sobre o resultado alcançado em igual intervalo de 2015.
Por segmento, os automóveis e comerciais leves, juntos, somaram 168.486 unidades em maio, retração de 18% em relação a maio do ano passado, porém crescimento de 3,3% ante o volume do mês anterior. No acumulado do ano, a queda é de 24%, para 800.910 unidades Entre os pesados, foram 5.332 caminhões produzidos em maio, baixa de 13,6% ante maio do ano passado, mas expansão de 2,6% sobre o volume de abril. O segmento acumula queda de 29,2% no ano até maio, para 25.729 unidades. No caso dos ônibus, as montadoras produziram 1.491 unidades em maio, contração de 35,7% sobre o resultado de igual mês do ano passado e recuo de 5,9% em relação a abril. No ano, acumula baixa de 38,5%, para 7.415 unidades.
Com o corte na produção, as demissões continuam nas montadoras. Só em maio, 1.360 vagas de emprego foram eliminadas.
Considerando os últimos 12 meses, são 10.208 mil vagas a menos. Com isso, a indústria conta hoje com 127.986 funcionários, recuo de 7,4% em relação ao nível de maio do ano passado.
Vendas
A venda de veículos novos no Brasil alcançou 167.489 unidades em maio, recuo de 21,3% em comparação com igual mês do ano passado, mas alta de 2,8% sobre o resultado de abril, informou a Anfavea. No acumulado do ano, a queda é de 26,6% em relação a igual período do ano anterior, para 811.739 unidades.
Por segmento, os automóveis e comerciais leves, juntos, somaram 162.348 vendas em maio, retração de 20,9% em relação a maio de 2015, porém expansão de 2,9% ante o volume do mês anterior. Com isso, as vendas acumulam, de janeiro a maio, recuo de 26,4% sobre igual intervalo do ano passado, para 785.649 unidades.
Entre os pesados, foram 4.076 caminhões vendidos em maio, baixa de 32,2% ante maio do ano passado e recuo de 3% sobre o resultado de abril. Nos cinco primeiros meses do ano, o segmento acumula retração de 31,2%, para 21.389 unidades.
No caso dos ônibus, as marcas venderam 1.065 unidades em maio, queda de 26,3% sobre o resultado de igual mês do ano passado, mas alta de 16,3% em relação a abril. A queda no acumulado do ano é de 42,8%, para 4.701 unidades.
Estoques
Com a baixa demanda, os estoques continuam elevados. Os pátios das montadoras e das concessionárias terminaram o mês com 236,4 mil veículos à espera de um comprador. O estoque é suficiente para 42 dias de venda, considerando o ritmo das vendas registrado em maio.
Em abril, o número de veículos encalhados, 250 mil, era suficiente para 45 dias de vendas, também considerando o ritmo de maio. De acordo com a Anfavea, o ideal é que os estoques sustentem cerca de 30 dias de vendas.
Exportações. Segundo a Anfavea, as exportações em valores de veículos e máquinas agrícolas somaram US$ 941,662 milhões em maio, queda de 25,5% na comparação com maio do ano passado, mas alta de 16% ante abril. No acumulado do ano, houve baixa de 12,6% sobre igual período de 2015, para US$ 3,963 bilhões.
No quinto mês do ano, foram exportadas 46.895 unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, o que representa expansão de 15% na comparação com maio do ano passado e crescimento de 23,9% ante abril. No acumulado do ano, houve avanço de 21,8% sobre igual período de 2015, para 136.358 unidades. (O Estado de S. Paulo/André Ítalo Rocha)