O Mundo em Movimento
O engenheiro Antonio Megale disse em seu discurso de posse na presidência da Anfavea que sua gestão terá dois pilares de sustentação:
1) Eficiência Energética e
2) Pesquisa e Desenvolvimento.
O dirigente disse que os carros brasileiros serão bem diferentes a partir de 2018, quando se encerra o Inovar-Auto, programa de incentivo à inovação tecnológica e competitividade, e que, como resultado, vai entregar ao consumidor carros mais econômicos, mais seguros e menos poluentes.
Megale disse que o setor vai promover uma verdadeira revolução nos próximos anos no que se refere a redução das emissões.
Ele fala diretamente sobre carros híbridos e elétricos. Esse segmento ainda não foi devidamente regulamentado, mas as conversações entre indústria e governo estão adiantadas no sentido de se estabelecer uma nova relação tributária para o segmento, de forma a incentivar a produção e tornar o carro elétrico mais presente na vida do brasileiro.
Será uma grande contribuição para a redução de consumo de combustíveis líquidos e de emissões de poluentes.
Mas o novo dirigente tem preocupações mais urgentes: com o grande número de fábricas em funcionamento e a produção em baixa, o setor trabalha com uma ociosidade de 50%, ou seja, fabrica apenas metade da sua capacidade. No segmento de caminhões a situação é pior: a ociosidade é de 80%.
O que está salvando a indústria e mantendo o emprego é o PPE – o Programa de Proteção ao Emprego, instituído pelo Ministério do Trabalho, que Megale quer que tenha caráter perene. “Em algum outro momento lá na frente poderemos precisar desse apoio”, disse o dirigente.
O PPE termina em 31 de dezembro deste ano e prevê o pagamento, pelo governo, de uma parte do salário do trabalhador. O funcionário tem até 30% do salário reduzido, assim como as horas de trabalho e o governo paga metade do valor retirado pela montadora do salário. Exemplo: O salário de R$ 1000,00 passa a ser de R$ 700,00, reduzindo os custos trabalhistas para a empresa. Mas o governo repõe metade do valor retirado, ou R$ 150,00, de forma que o trabalhador passe a receber R$ 850,00. (O Mundo em Movimento/Joel Leite)