Mobility & Show 2016 mostra o potencial de vendas para pessoas com deficiência

O Estado de S. Paulo

 

As vendas de veículos para pessoas com deficiência tiveram um crescimento de 26,5% no Brasil em 2015. Um dos principais motivos para esse aumento é a divulgação, cada vez mais abrangente dos benefícios previstos na Lei nº 8.989/1995, que prevê isenção de IPI, ICMS e IOF, além de isenção de recolhimento de IPVA.

 

“É um mercado com muito potencial e, além de tudo, um benefício para as marcas e, especialmente, para os consumidores com deficiência”diz Rodrigo Rosso, presidente da Associação Brasileira das Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência (ABRIDEF) e organizador da Mobility & Show 2016, feira realizada entre os dias 24 e 26 de junho, em São Paulo, e que vai reunir tudo o que pessoas com deficiência precisam para escolher e comprar um automóvel com as isenções previstas na lei.

 

Segundo o Censo IBGE 2010, aproximadamente 46 milhões de brasileiros têm alguma deficiência. São cidadãos com com deficiência física e mobilidade reduzida, idosos, diabéticos, portadores do vírus HIV, além de pessoas com câncer ou hepatite C. Todos podem adquirir um automóvel 0 km com isenções e pagar até 30% menos. Reunindo dados do IBGE, do Sistema Único de Saúde (SUS) e de outras instituições públicas e privadas, são aproximadamente 100 milhões de pessoas. Ou seja, um em cada dois brasileiros pode obter as isenções.

 

A lista é grande e pouco divulgada. Abrange pessoas com deficiência física, condutoras ou não e seus familiares, pessoas com deficiências mentais ou intelectuais graves e seus familiares, pessoas cegas e familiares, pessoas com paralisia cerebral e familiares, com Síndrome de Down e familiares, autistas e familiares, pessoas com amputação ou ausência de membro, com artrodese e artrose, artrite reumatoide, pessoas que sofreram AVC (Acidente Vascular Cerebral), câncer de mama e linfomas, com doenças degenerativas e neurológicas, doenças renais e crônicas, Talidomida, Mal de Parkinson, nanismo, Esclerose Múltipla, escoliose acentuada, hérnia de disco, hemiplegia e tetraparesia, problemas na coluna graves e crônicos, monoparesia e monoplegia, prótese interna e externa, mastectomia, Dort (LER) e bursites graves, poliomelite, má formação de membros, problemas no túnel de carpo e tendinite crônica, manguito rotator, neuropatias diabéticas, doenças renais, Hepatite C e hemofílicos.

 

Quem for à feira poderá esclarecer todas as dúvidas sobre o assunto. “Teremos exposição de veículos, novidades e tecnologias para pessoas com deficiência, além das montadoras, adaptadoras de veículos, fabricantes de cadeiras de rodas, próteses, espaços de lazer e beleza, praça de alimentação com food-trucks e test-drive com os principais modelos de veículos adaptados”, afirma Rosso.

 

O presidente da Abridef entende que o melhor caminho para saber tudo o que é necessário sobre a isenção de impostos para compra de um carro zero é por meio do despachante especializado. “É fundamental encontrar um profissional sério e competente, porque há muita ‘picaretagem’ e o cidadão pode acabar enganado”, diz.

 

Rodrigo Rosso é o criador da Reatech, o maior evento voltado a pessoas com deficiência no País, e da Revista Reação. “Houve no Brasil uma mudança significativa no últimos 20 anos no entendimento sobre o universo da pessoa com deficiência. A inserção no mercado de trabalho, as Paralimpíadas, a Reatech, a Lei Brasileira de Inclusão e outras ações colaboraram muito para esse avanço”, diz.

 

Em 2008, uma pesquisa feita pela Reatech e pela Revista Reação entrevistou 3.893 em todo o País e constatou que, no Brasil, 42% das pessoas com deficiência são das classes A/B, 44% da classe C, e 14% das classes D/E. “Tem muita pessoa com deficiência que consome, trabalha, estuda. É gente produtiva”, conclui Rosso.

 

Serviço

 

Mobility & Show 2016

Data: 24, 25 e 26 de junho

Local: Campo de Marte – Av. Santos Dumont, nº 2.241 – Santana – São Paulo/SP

Entrada e estacionamento gratuitos

Transporte gratuito para pessoas com deficiência na estação Tietê do Metrô

(O Estado de S. Paulo/Luiz Alexandre Souza Aventura)