Mudanças na economia chinesa afetarão relacionamento com o Brasil

Agência CNT de Notícias

 

A China está mudando o perfil de sua economia, o que traz implicações diretas para o Brasil. Essas mudanças devem trazer desafios – uma vez que o país é nosso maior parceiro comercial –, mas também oportunidades, já que o setor produtivo chinês deve sofrer uma desaceleração e focar em mercados externos.

 

O embaixador do Brasil na China, Roberto Jaguaribe, comentou as transformações e os reflexos que podem trazer para o Brasil. Segundo ele, nesse contexto, o setor de transporte pode ser beneficiado com ampliação da infraestrutura logística.

 

É com esse objetivo que a CNT (Confederação Nacional do Transporte) mantém, em Pequim, um escritório de representação da entidade?, que vem trabalhando para identificar oportunidades e potenciais investidores para o segmento.

 

As mudanças mais significativas que a economia chinesa atravessa, segundo Roberto Jaguaribe, é a impossibilidade de sustentar taxas de crescimento superiores a 10%. Isso porque manter um alto desempenho requer mobilizações muito significativas de diferentes segmentos. “A verdade é que isso nem é uma meta do governo chinês”, aponta Jaguaribe. “Eles têm a ambição do que chamam atingir uma etapa moderada de riqueza, o que significa uma ampliação da renda per capita básica chinesa”, diz.

 

Já os impactos dessas mudanças nas relações comerciais com o Brasil, segundo o embaixador, são diversos. “Em última instância, vai afetar a forma de relacionamento com o Brasil, de fato, em função de uma demanda menor de certos tipos de commodities e também um esforço cada vez maior de terceirização de produção. A China está interessada em tirar do país deles e passar para outros a capacidade produtiva que tem que está um pouco ociosa e representa ônus adicional do ponto de vista ambiental. O Brasil se situa muito bem para receber isso”, finaliza. (Agência CNT de Notícias)