Jornal do Carro
No Brasil, é possível comprar óleo de motor a granel para automóveis há cerca de três anos, mas essa modalidade, comum na Europa e EUA, é pouco conhecida por aqui.
A principal vantagem é que, como é possível adquirir apenas a quantidade necessária para a troca, o custo é em torno de 8% mais baixo que o do mesmo produto vendido em embalagens de 1 litro, que não pode ser fracionado. Para especialistas, desde que a troca seja feita em locais idôneos, não há risco.
No posto de trocas Mobil Express, na zona oeste da capital (3673-3068), o dono de um Volkswagen Gol 1.0, por exemplo, que optar pelo lubrificante a granel economizará R$ 26 em relação ao lubrificante convencional. Isso porque, além de o litro do óleo embalado ser R$ 2 mais caro, são necessários 3,5 litros para fazer a troca (incluindo o filtro). Ou seja: ele teria de comprar quatro litros.
Como o lubrificante sai por R$ 38 (convencional) e R$ 36 (a granel), o custo seria de R$ 152 e R$ 126, respectivamente. No Mobil Express, o filtro de óleo custa R$ 33. “É como se saísse quase de graça”, diz o dono do posto, Alex Pereira Arruda.
De acordo com o engenheiro e membro da Comissão Técnica de Motores Otto da SAE Brasil, Henrique Pinheiro, a venda do óleo a granel é bastante difundida fora do País tanto por causa do menor preço quanto por questões ambientais, uma vez que reduz o descarte de embalagens. Ele acredita que esse sistema ainda não se popularizou no Brasil por causa da desconfiança do consumidor na hora de adquirir um produto que não esteja lacrado. “Óleo é como o combustível. Você tem de confiar no estabelecimento para abastecer”, compara.
O vice-coordenador da Comissão de Lubrificantes e Fluidos da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Everton Gonçalles, concorda. “O produto é o mesmo. A diferença é que um vem em embalagem de 1 litro e o outro em tambor de 200 litros”. (Jornal do Carro)