UOL Carros
Mais refinada. Motor diesel unindo muita força ao funcionamento suave. Tela sensível ao toque ornando a cabine. Preço elevado: R$ 114.860 (chassis, seis marchas manual) a R$ 188.120 (cabine dupla, seis marchas automática).
Com tais características, a nova Toyota Hilux parece preferir o conforto do asfalto ao lamaçal de trilhas e picadas típicas do uso off-road. Será isso mesmo?
Para achar a resposta, UOL Carros andou com a nova Hilux SRX por uma semana. Rodamos no asfalto de São Paulo e também percorremos 60 km em zona rural, alternando terra batida e lama.
Na cidade
A Hilux ainda é um monstro, não há como pensar em termo diferente: colossal nas faixas estreitas, grande demais para vagas de shopping, pesada ao manobrar, batendo como britadeira a cada imperfeição do asfalto.
Curiosamente, a cabine é silenciosa e sem a trepidação típica do motor a diesel, graças à nova geração do trem-de-força, como explicamos em reportagem feita direto do Japão. Cada pulo na cabine é culpa da suspensão, ainda firme demais para o uso urbano.
Também contam a favor o material usado nas portas e painel (costura pespontada, materiais suaves), ar-condicionado digital, banco com ajuste elétrico para o motorista, revestimentos de couro, central multimídia com GPS, entrada e partida sem chave.
Na terra
Quem segue sem ajudar, também, é a suspensão, ainda rígida demais. Mas o conjunto mostra sua força quando se precisa sair de apuros. Tração 4×4 e caixa reduzida cumprem sua função garantindo.
Diferentemente do que ocorre com as novas picapes médio-compactas, os pneus aqui dão conta do recado. Oroch e Toro usam pneus de uso misto, em rodas vistosas, que acabam ficando sem eficiência com a menor lâmina de barro.
Fica um medinho: com tantos mimos a bordo, é impossível deixar de pensar no caos de colocar a mão suja de terra na tela ao escolher entre música e GPS. (UOL Carros)