Terceira idade é alvo de carros autônomos

O Mundo em Movimento

 

A cada dia cerca de dez mil pessoas completam 65 anos de idade nos Estados Unidos, gente que tem uma vida estável, mais recursos que os jovens e limitação na mobilidade. Um mercado apetitoso para o carro autônomo.

 

A indústria está de olho nesse poderoso segmento, que forma uma legião de 43 milhões de pessoas nos Estados Unidos e outros milhões em todo o mundo. Elas são os consumidores potenciais dos carros que andam sozinho, sem a interferência do motorista, ops, do ocupante!

 

“Pela primeira vez na história a Terceira Idade é o principal foco de uma nova tecnologia”, disse Joseph Coughlin, do MIT, sigla em inglês do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EU, à agência Bloomberg.

 

Ele argumenta que a necessidade de mobilidade, de ir ao médico, de visitar parentes e amigos, adquire uma grande importância nessa idade, sobretudo porque 79% das pessoas mais velhas vivem em bairros de subúrbio ou na zona rural.

 

Para o especialista, o consumido jovem está interessado na conectividade, no telefone celular, mas serão os consumidores de mais de cinquenta anos os primeiros a comprarem os carros autônomos.

 

O carro autônomo vai atender também pessoas bem mais velhas, de 90 anos ou mais, que abriram mão de dirigir pela dificuldade de manusear as novas tecnologias, mas estariam atendidas com o carro autônomo.

 

“A mobilidade deve estar disponível para milhões de pessoas do mundo que não têm o privilégio de contar com uma carteira de motorrita pelas suas limitações físicas”, disse Joseph Coughlin.

 

Ao projetar os carros autônomos a indústria já se preocupa em desenhar modelos que incorporam as necessidades dos consumidores mais velhos. Nos laboratórios, engenheiros e designers usam “traje de idosos” que incorpora óculos de visão restrita e luvas que afetam a redução controle e força dos dedos.

 

O uso de carro autônomo na Terceira Idade pode contribuir também para a redução dos acidentes. No Japão, estatísticas indicam que os motoristas mais velhos causam mais acidentes de trânsito com vítimas. (O Mundo em Movimento/Joel Leite)