Em caso de manchas na pintura, aja rápido

Jornal do Carro

 

Todo carro fica exposto a intempéries que podem causar manchas na pintura. Restos de piche que se desprendem do asfalto, água pingando na garagem e fezes de pássaros são alguns dos agentes mais comuns.

 

Para eliminar essas marcas, existem diversas receitas que circulam na internet. Há quem indique, por exemplo, esfregar limão em manchas de cimento e querosene nas de piche ou fuligem, e fazer um polimento para dar o arremate.

 

Para a fabricante de tintas automotivas PPG, porém, nenhuma dessas soluções caseiras é recomendável. “O procedimento correto é lavar a área usando apenas água e um sabão adequado para o carro, que é menos agressivo”, diz Franklin Jeronimo, do centro de treinamento da empresa.

 

Ricardo Vettorazi, também da PPG, alerta que o polimento traz riscos. “Se feito em excesso, pode desgastar a superfície de verniz que protege a tinta.”

 

Eles acrescentam que é importante que o dono do carro aja o mais rápido possível, pois as chances de remover a mancha diminuem com o tempo.

 

Isso vale especialmente para as fezes de aves, que são altamente corrosivas. “Em contato prolongado com a lataria, elas chegam a atravessar o verniz e as camadas inferiores da pintura”, alerta Helton Martins, sócio da oficina Graficar, na zona sul da capital.

 

Nesses casos mais graves, é necessário fazer a repintura da peça afetada. Jeronimo, da PPG, diz que a avaliação deve ser feita por um profissional, a partir da extensão e profundidade do dano.

 

“Se o proprietário deixar uma fissura no verniz, essa camada pode se desprender e provocar um estrago ainda maior”, ele adverte.

 

Prevenir e remediar

 

Se o carro está sempre vulnerável a agentes externos, o ideal é lançar mão de meios de proteger a pintura. O mercado oferece várias soluções.

 

Uma delas é a chamada cristalização, que consiste na aplicação de uma cera. Outra é a vitrificação, feita com uso de uma resina líquida, que é mais cara, mas, segundo profissionais do setor, cria uma camada mais duradoura de proteção.

 

Na Graficar (5044-2188), na zona sul, o polimento e a cristalização de um hatch compacto custam entre R$ 380 e R$ 450. Para um sedã médio os preços vão de R$ 430 a R$ 500 e para um utilitário-esportivo o serviço custa de R$ 500 a R$ 650. A vitrificação acrescenta cerca de R$ 200 ao serviço.

 

A oficina também remove manchas da pintura. Dependendo da extensão e da gravidade do dano, o preço pode variar de R$ 70 a R$ 150. (Jornal do Carro/Thiago Lasco)