Carsale/Portal EBC
O mês de janeiro é sempre marcado pelas fortes chuvas de verão e, consequentemente, as enchentes voltam a preocupar grande parte da população, incluindo os motoristas.
Dependendo do alagamento, o dono de um carro pode ter de arcar com uma higienização, reparos, ou até mesmo a perda total do veículo, que acontece quando o motor é atingido e o orçamento ultrapassa 75% do valor de indenização definida pela apólice do seguro.
Há muitas dúvidas sobre a cobertura que envolve fenômenos da natureza. No caso de enchentes as seguradoras são obrigadas a oferecer cobertura, mesmo nos planos mais básicos, para ocorrências em que o carro fica total ou parcialmente submerso em água doce. Mas para não perder a indenização, o proprietário deve observar certas regras e cuidados com as condições gerais do contrato com a seguradora.
“O motorista não pode agravar o risco. Por isso, jamais deve tentar atravessar a enchente. O correto é, se possível, colocar o carro em local seguro e aguardar que a água abaixe”, recomenda Gutemberg Fragoso, CMO da ComparaOnline, empresa de tecnologia pioneira na América Latina na venda online de seguros e produtos financeiros.
“Se o carro estiver estacionado, seja na rua ou na garagem, e for acometido por uma enchente ou até mesmo por uma árvore que caiu sobre o veículo durante a chuva, o seguro vai cobrir os danos. Dependendo do que indique o laudo, o sinistro pode até ser qualificado como perda total e ressarcido integralmente pela seguradora. No entanto, se no laudo ficar comprovado que o motorista expôs o veículo a um risco, ou seja, decidiu passar por uma rua que já estava alagada, o seguro não vai cobrir”, alerta.
Segundo ele, não é necessária a contratação da cobertura adicional para que o seguro cubra danos causados por enchentes. Mesmo na cobertura básica, que compreende apenas colisão, incêndio e roubo, o segurado já tem direito a esse benefício desde que não se exponha ao risco. Para os casos em que o prejuízo não seja superior ao valor da franquia, algumas seguradoras oferecem a higienização do veículo.
“Vale ressaltar que o seguro para pessoas que moram em regiões com frequentes alagamentos é sempre mais caro. Por isso, é importante não omitir o endereço verdadeiro na hora de contratar para não correr o risco de não ser indenizado. E quem não tem seguro deve lembrar que a prefeitura não indeniza o prejuízo e o gasto com limpeza e reparos é alto”, finaliza Gutemberg Fragoso. (Carsale/Portal EBC)