Carplace/CESVI/NHTSA
Quem dirige com frequência sabe que o cansaço e as distrações interferem diretamente na condução segura. Um fato novo nos chamou a atenção em 2015 ao rodar pelas vias expressas de São Paulo: é cada vez maior o número de pessoas que usam smartphone ao volante, isso como reflexo direto das reduções de velocidade. Isso reduz ainda mais a velocidade e coloca em risco a segurança de todos na via. E esta é exatamente uma das causas de distrações ao listadas pelo CESVI, que a classificou em três tipos.
Ajuste central Multimídia
A primeira causa é a distração interna, aquela em que o motorista se atenta a algum objeto ou ação do interior do veículo, como ajuste de frequência do rádio ou regulagem da temperatura do ar-condicionado, por exemplo. O uso de celular ao volante, além de proibido, tira totalmente a atenção do motorista por alguns segundos.
A distração externa é a segunda classificação apontada pelo CESVI. Pouco percebida, também influencia bastante na condução e acontece de forma quase que intuitiva, ocasionada por situações que devemos realizar e outras que não. Como exemplo, cita a leitura de placas de trânsito, busca de caminhos alternativos, leitura de outdoors chamativos, a atenção em uma paisagem bonita e pela clássica curiosidade de alguns motoristas ao passar por algum acidente.
Dirigindo na estrada
Causa comum no mundo moderno, terceira da lista, é distração por desatenção. Na prática, podemos ilustrar essa situação como motoristas que estão sonhando acordados. São pessoas que enquanto dirigem, estão com o pensamento em outro lugar, como uma questão de trabalho pendente, uma conta a pagar, problemas pessoais. Ele está pensando em tudo, e como o ato de dirigir é algo quase que automático, nem se preocupa com o que está acontecendo ao redor.
Além do CESVI, o NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration), órgão independente de segurança viária dos Estados Unidos, diz que outras situações também podem nos distrair e aumentar o risco de acidentes.
Algumas coisas parecem que não influenciam tanto, mas o simples fato de comer algo ou falar ao telefone enquanto dirige, simplesmente dobram as chances de acidente.
E pior ainda, você sabia que digitar um número no celular aumenta em seis vezes as chances de algo sair errado? Mexer em espelhos (de maquiagem) amplifica em 10 vezes as chances de colisão. Mas nada se compara ao fato de digitar mensagens no celular: 23 vezes mais risco de acidente.
“Ah, mas foi só por um segundo”, é o pensamento de algumas pessoas. Mas a fato é que essas distrações são agravadas de acordo com a velocidade que se trafega, condição da via e a quantidade de carros que circulam por ela. E sabe quantos metros um segundo de distração significa? Segundo o CESVI, a relação é essa:
Tudo conspira a favor da desatenção, mas a indústria também está trabalhando para minimizar ao máximos os pontos causadores. Uma boa parte de carros atuais já saem de fábrica com Bluetooth para que seja possível fazer e atender ligações telefônicas. Outros já oferecem, ainda no topo de gama, soluções que dispensam o toque e basta gestos para aumentar o volume do som ou ajustar algum recurso do carro. Claro que isso deixa tudo mais caro. Enquanto não é algo trivial, vale reforçar a necessidade de atenção ao volante. É melhor para todos. (Carplace/CESVI/NHTSA)