Detran regulamenta exame toxicológico para CNHs C, D e E

Revista Carga Pesada

 

Por meio da deliberação 145, o Conselho Nacional do Trânsito (Contran) determinou que a exigência de exame toxicológico de larga janela de detecção para motoristas profissionais terá início dia 2 de março de 2016. Ele terá de ser feito no momento da habilitação para Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D e E. Também será exigido na mudança de uma categoria para outra e sempre que a CNH for renovada.

 

Dia 16 de novembro de 2015, o Ministério do Trabalho e Previdência Social já havia regulamentado, através da portaria 116, a mesma exigência para os motoristas empregados, que precisarão fazer o teste quando forem contratos e quando forem demitidos. Também a partir de 2 de março.

 

O exame, feito por fio de cabelo, deve ser capaz de fazer uma “análise retrospectiva mínima de 90 dias”.

 

Em caso de resultado positivo, o motorista poderá submeter o laudo do exame toxicológico à apreciação do médico credenciado aos órgãos de trânsito.

 

O Departamento Nacional do Trânsito (Denatran) credenciou três grandes laboratórios para procederem ao exame: Psychemedics Brasil Exames Toxicológicos, Omega Brasil Serviços e Representações Laboratoriais e Citilab Diagnósticos. Todos têm parcerias com laboratórios de análises clínicas por todo o País, que farão a coleta do material.

 

O gerente do Psychemedics, Marcelo Tesa, diz que já existe uma grande rede de laboratórios preparados para realizarem o exame porque ele já é exigido nos concursos para as polícias e também na aviação. “Mas estamos prospectando novos laboratórios para atender essa nova demanda”, afirma. Ele diz que, nos laboratórios credenciados pelo Psychemedics, o exame custará em torno de R$ 290.

 

Mas, a Carga Pesada pesquisou seis laboratórios aleatoriamente e encontrou preços bem mais altos. O mais barato, em Pelotas (RS), cobrava R$ 385. Já o mais alto, em Londrina (PR), R$ 550. O presidente da Associação Brasileira de Laboratórios Toxicológicos (Abratox), Marcello Santos, justifica que os laboratórios ainda estão com “preços de concurso” para as polícias. “Ainda não receberam a lista para o mercado de transporte. Posso garantir que o exame ficará na faixa entre R$ 290 a R$ 300”, declara.

 

Apesar de afirmar ser “desejável” que o Denatran credencie outros laboratórios, ele garante que os três já homologados têm capacidade para atender à nova demanda, podendo realizar 6 milhões de exames por ano. (Revista Carga Pesada)