O Mundo em Movimento
Se a inflação do País superou o teto da meta e corroeu o dinheiro do cidadão, quem anda de carro sofreu ainda mais com o custo de vida. A Inflação do Carro da Agência Auto Informe fechou o ano com a maior alta dos últimos doze anos, 12,92%, índice superior ao registrado pelo IPC da FIPE no período.
A Inflação do Carro de 2015 foi a mais alta desde que a Agência Auto Informe começou a fazer o levantamento.
O combustível foi o grande vilão da inflação no ano passado. Gasolina e álcool tiveram aumentos recordes e são exatamente os itens que mais pesam no bolso do motorista. A gasolina teve um aumento de 19,4% no ano passado e o álcool subiu 29,4%. As despesas com combustíveis representam cerca de 30% de todo o gasto que o motorista tem com o carro.
Mas não foi só na hora de abastecer que o motorista sentiu o peso da inflação no bolso, embora os outros quatro grupos de despesas tiveram aumentos abaixo da media.
As peças de reposição ficaram 7,14% mais caras e os serviços automobilísticos (que incluem revisão, mão de obra, alinhamento de direção, lavagem, estacionamento, entre outros), ficaram 5,35% mais caros. O seguro do carro ficou 6,29% mais caro.
Pelo menos os impostos deram um refresco. Sem a obrigatoriedade da inspeção veicular e com o IPVA mais baixo por causa da queda de preço do carro usado, houve em 2015 uma economia de 8,98% no custo dos impostos de circulação.
O custo para o motorista andar e fazer a manutenção preventiva em dezembro foi de R$ 1.261,29.
A pesquisa levanta os preços de todos os itens necessários para o motorista andar e manter o carro.
Dezembro caiu
A pesquisa apurou alta de 0,69% da Inflação do Carro em dezembro. Mais uma vez os maiores aumentos vieram dos combustíveis: a gasolina ficou 2,16% mais cara e o etanol 1,02%. Em seguida vieram a pastilha de freio (+0,73%), o óleo do motor (+0,57%) e a lona de freio (+0,55%). (O Mundo em Movimento/Joel Leite)