Jornal do Carro
A General Motors anunciou que irá desembolsar US$ 594 milhões, cerca de R$ 2,2 bilhões para indenizar as vítimas de acidentes causados por uma falha no componente de ignição de seus modelos. O montante sai de um fundo criado especialmente para o caso. A marca ainda gastou US$ 900 milhões, algo em torno de R$ 3,3 bilhões, com o departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Desde 2014, a montadora reconheceu 124 mortes relacionadas à avaria. No total, o fundo aprovou 399 reivindicações, entre lesões e óbito.
Entenda o caso. O defeito, detectado em 15 milhões de veículos produzidos por diferentes marcas da General Motors há uma década, provoca o desligamento repentino e involuntário do veículo, o que também significa a desconexão dos sistemas de segurança, como o airbag. A GM ocultou essa falha durante anos, mas em fevereiro de 2014 reconheceu o problema e que várias pessoas haviam morrido na América do Norte por causa dele.
Após uma investigação interna para determinar as causas do defeito e de sua ocultação, a GM estabeleceu um fundo de compensação para as vítimas, administrado por Kenneth Feinberg, advogado especializado em programas de indenização que trabalhou em casos como o dos atentados de 11 de setembro de 2001.
Feinberg anunciou ano passado que os pedidos por morte aprovados pelo fundo receberão uma indenização de US$ 1 milhão. Mas as normas estabelecidas pela fabricante assinalam que as pessoas que aderiram ao fundo renunciarão a qualquer ação judicial contra a companhia. (Jornal do Carro)