Europa em alta, setores automotivo e de mineração puxam bolsas

Jornal do Brasil

 

As principais bolsas europeias fecharam o pregão desta quarta-feira (7) em leve alta, sustentadas pelos setores automotivo e de mineração, que receberam uma série de recomendações positivas do banco Morgan Stanley.

 

As ações da Volkswagen dispararam 7,12% após uma entrevista do novo executivo-chefe da montadora, Matthias Muller. O alemão detalhou seus planos para enfrentar a crise da empresa. Com isso, papeis da Renault (+6,78%), Porsche (+5,35%), BMW (+4,28%) e Daimler (+2,35%) também subiram.

 

Dentre as mineradoras, a Anglo American avançou 9,98%, com o Morgan Stanley elevando sua recomendação para a companhia. Sua avaliação passou de “underweight” para “equal weight”. O banco também elevou seu parecer sobre Rio Tinto e BHP Billiton – ambas de “equal weight” para “overweight”. As ações da Glencore também tiveram elevação significativa (+5,22%), após a companhia anunciar que fechará sua mina de platina Edland, na África do Sul. Mesmo que resulte na demissão de 970 pessoas, a decisão ajuda a controlar as dívidas da empresa.

 

No fechamento, o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,14%, para 360,93 pontos. Longe das máximas do dia, o FTSE 100, de Londres, teve valorização de 0,16%, aos 6.336,35 pontos. Em Frankfurt, o Dax subiu 0,68%, aos 9.970,40 pontos. A bolsa de Paris avançou 0,14%, aos 4.667,34 pontos, enquanto a de Madri apresentou elevação de 0,66%, para 10.170 pontos.

 

O possível adiamento da alta dos juros norte-americanos continuam influenciando o bom humor dos mercados europeus, que operam em terreno positivo desde a última sexta-feira (2). Neste dia, foram divulgados dados referentes ao mercado de trabalho dos Estados Unidos que frustaram as expectativas de analistas, aumentando as expectativas em relação à política monetária do país.

 

A quarta também trouxe notícias da produção industrial alemã que caiu 1,3% em agosto, na comparação com o mês imediatamente anterior. Na terça-feira (6), o Ministério da Economia da Alemanha havia informado que as encomendas à indústria caíram 1,8% na comparação entre agosto e julho. O acúmulo de notícias negativas em relação à maior economia da zona do euro eleva a probabilidade, na avaliação de analistas, de que o Banco Central Europeu (BCE) amplie seu programa de compra de ativos até o fim de 2015. (Jornal do Brasil/Ana Siqueira)