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A Fiat resolveu acabar com o mistério que ainda pairava sobre o nome definitivo de sua nova picape e confirmou a nomenclatura Toro para o modelo. Em comunicado enviado à imprensa nesta terça-feira (bem quando ocorre o lançamento da rival Renault Duster Oroch), a marca diz ainda que o lançamento acontecerá no começo de 2016 e que o modelo marcará a estreia de um novo segmento, o dos SUPs – Sport Utility Pick-up -, pois promete características de robustez e força de picape com conforto e dirigibilidade de SUV.
A divulgação do teaser e do nome chega depois que a picape apareceu em diversos flagras, sendo os mais reveladores dentro da própria fábrica de Goiana (PE), responsável pela sua produção ao lado do Jeep Renegade. Inspirada no conceito FCC 4 mostrado no Salão de SP 2014, com conjunto óptico dividido em dois blocos, a Fiat Toro tem a dianteira com elementos cromados nas aletas da grade, no filete que une os faróis superiores ao logotipo e no contorno dos faróis de neblina – tudo em contraste com o “peito de aço” na parte inferior do para-choque. As rodas são inéditas, contrariando o que mostravam os protótipos em teste, que usavam os mesmos modelos de roda do Jeep Renegade.
Na lateral a picape exibe alguns recursos visuais já utilizados na Strada, como um rack de teto estiloso e a cobertura plástica das caixas de roda. Novidade absoluta é a tampa da caçamba com abertura lateral dividida em duas partes, além de já vir com um extensor de caçamba embutido. As lanternas ficam nas extremidades superiores da caçamba, com uma parte bem delgada invadindo as laterais. O para-choque traseiro tem proteção metálica na base da caçamba e refletores na parte inferior.
Como já se sabe, a plataforma da picape deriva do Renegade, mas foi extensamente modificada na parte de trás. Desafio foi acertar a suspensão traseira independente para aguentar peso, pois, nas versões a diesel, a Fiat Toro terá capacidade para 1 tonelada de carga. E isso tendo que oferecer muito mais conforto do que as picapes maiores, como S10 e Ranger. “Além de ser bem mais macia, sem aquele pula-pula típico do eixo rígido traseiro, a 226 faz curvas praticamente como um carro de passeio, enquanto as rivais balançam e escapam de traseira”, compara um piloto de testes que andou nas três picapes durante o desenvolvimento da Fiat.
O comportamento, digamos, mais amigável, vem principalmente da configuração de estrutura monobloco com tração dianteira – inédita em picapes médias. A 226 será, na verdade, um meio caminho entre as picapes compactas (derivadas de carros de passeio, como a Strada) e as montadas sobre chassi de longarinas (como Ranger, S10, Hilux e L200). O modelo da Fiat terá comprimento na casa dos 5 metros.
O conjunto mecânico será o mesmo do Renegade, mas não deve haver câmbio automático para a versão 1.8 – se o Jeep já fica devendo em desempenho, imagine uma picape maior e mais pesada? Com isso, especula-se que o motor E.torQ 1.8 seja novamente modificado (já foi no Renegade) para equipar a picape com câmbio manual de cinco marchas e tração dianteira. Já as versões mais caras terão o propulsor turbodiesel 2.0 Multijet de 170 cv e 35,7 kgfm, com câmbio manual de seis marchas (derivado do usado no Bravo T-Jet) e tração 4×2 ou transmissão automática de nove marchas e tração 4×4. Os preços ficarão na faixa de R$ 70 mil a R$ 120 mil. (Carplace)