Volkswagen estende plano que protege emprego a 5.800 funcionários

Folha de S. Paulo

 

A Volkswagen vai estender o PPE (Programa de Proteção ao Emprego), que permite a redução de salários e da jornada em troca da estabilidade de emprego, para 5.800 funcionários das fábricas de Taubaté e São Carlos.

 

A proposta de acordo é semelhante à aprovada na quinta­feira (17) para 11,6 mil trabalhadores da montadora em São Bernardo do Campo.

 

Com a extensão do acordo, sobe para 17,4 mil o número de empregados que terão salários e jornada menores e estabilidade – ou 87% do total que o grupo emprega no país.

 

Na unidade de São Carlos, onde fabrica motores, são 900 trabalhadores beneficiados pelo acordo. Em Taubaté, são 4.900.

 

O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté fez assembleias nesta terça (29) para explicar aos trabalhadores dos dois turnos da Volks as condições do acordo. Ele prevê, como nas demais unidades, redução de 20% do salário e da jornada, sendo que metade do corte salarial será pago pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), como prevê a lei que criou o PPE. Com isso, os salários serão diminuídos em 10% por seis meses. O prazo pode ser prorrogado por mais seis meses.

 

A empresa também negocia com os metalúrgicos de São José dos Pinhais (PR), segundo a Folha apurou, a mesma proposta para os trabalhadores. O sindicato local, que representa os operários, é filiado à Força Sindical. Nas demais unidades, os sindicatos são filiados à CUT.

 

Até agora, seis empresas com 11.849 trabalhadores adotaram o PPE e sete estão na lista de espera, segundo dados do Ministério do Trabalho. Após o sindicato negociar com a empresa e os trabalhadores aprovarem a proposta, um comitê do ministério avalia se ela está apta a formalizar o acordo. Dessa forma, os trabalhadores recebem os recursos do FAT.

 

Já na General Motors de São Caetano do Sul, o sindicato local é contrário ao PPE. A empresa deve dar resposta até quinta sobre um novo “lay­off” para 650 pessoas e a prorrogação da suspensão do contrato para outro grupo de 900 trabalhadores. (Folha de S. Paulo/Claudia Rolli)