Brasil deve cair para 8º do mundo em venda de automóveis

Frota & Cia

 

Depois de se manter como o 4º maior mercado do mundo em vendas de automóveis entre 2013 e 2014, o Brasil deve cair para o 8º lugar até o final deste ano. Segundo levantamento da consultoria Jato Dynamics, o país fechou o primeiro semestre em 7º lugar. Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves no Brasil caíram 19,8% de janeiro a junho, na comparação com o mesmo período de 2014. Foram 1.269.855 unidades vendidas, de acordo com o levantamento.

 

Se nos últimos anos o Brasil brigou com os germânicos pelo 4º lugar, neste ano foi ultrapassado com folga não só pela Alemanha, mas também por Grã-Bretanha e Índia. E disputa com a França a 7ª posição. Alemanha, Grã-Bretanha e Índia avançaram 5,3%, 8,4% e 3,9%, respectivamente. Com expressiva alta de 14% no ano, a Itália aparece em 9º, mas dificilmente passará o Brasil neste ano. A queda do mercado nacional só foi menor que a da Rússia, onde os emplacamentos de carros despencaram 37,4% de janeiro a junho.

 

Segundo a Jato Dynamics, o “tombo” do mercado russo é relacionado com a desvalorização da moeda local. Além de Brasil e Rússia, apenas Japão e a Indonésia apresentaram queda entre os 15 maiores mercados do mundo no 1º semestre, ainda de acordo com a consultoria. O mercado japonês recuou 11,2%, mas se manteve em 3º lugar, bem distante de China e Estados Unidos. O mercado brasileiro vem encolhendo desde o final de 2013, após sucessivos recordes. Com a queda nas vendas, a produção também tem sido freada. Em 2014, o Brasil perdeu para o México o posto de maior produtor de veículos da América Latina.

 

A expectativa da federação de concessionários (Fenabrave) é de que o declínio se agrave até o final do ano, fechando com queda de 23,9%, para um total de 2.662.857 unidades – 834 mil a menos do que no ano passado. Segundo o presidente da associação de fabricantes (Anfavea), a melhora deve ocorrer apenas no segundo trimestre de 2016. “O nosso setor é um setor que puxa a economia. Neste momento, estamos puxando para baixo a economia”, disse Luiz Moan, na última semana. (Frota & Cia)