Indústria terá força para reagir, diz a presidente Dilma

Diário do Grande ABC/Agência Estado

 

A presidente Dilma Rousseff disse há pouco “ter certeza” de que a inflação caminha para a meta em 2016 e “progressivamente” para 2017. Durante apresentação do Programa de Investimentos em Energia Elétrica (PIEE), nesta terça-feira, 11, ela afirmou ainda que os investimentos em energia vão continuar e a indústria brasileira sem dúvida terá força para reagir.

 

“Temos de separar e evidenciar que há uma diferença em impactos sobre a indústria automobilística – que depois de anos de crescimento agora começa a se adaptar – e o impacto na cadeira de petróleo e gás. Temos dee separar essas duas cadeias das demais indústrias”, considerou a presidente.

 

Dilma destacou que a indústria automobilística está retomando as exportações. “Temos de pensar que o fim do superciclo das commodities chegou e temos de pensar em mais eficiência”, avaliou.

 

A presidente disse ainda que a recuperação da Petrobras começou e que a estatal precisa ficar cada vez mais ágil e focada. “A Petrobras sempre será uma empresa vencedora. Temos de tratá-la como patrimônio nacional, sem ufanismo, mas, sobretudo pelo valor que temos de dar à independência energética”, afirmou.

 

De acordo com a presidente, em que pese a queda do preço do petróleo, o Brasil não reagiu “de forma tão nefasta” como outros países. “A Petrobras é um patrimônio que nós estamos cuidando e que deve gerar resultados a cada um dos seus acionistas aqui e ao redor do mundo, e ao povo brasileiro, seu maior acionista”, completou.

 

Dilma citou ainda que muitas empresas brasileiras atualmente são globais e que essas empresas vão ser elementos essenciais para a retomada do crescimento econômico do País.

 

Novos caminhos

 

A presidente Dilma Rousseff afirmou ser preciso “criar caminhos para o crescimento nesse mundo que está muito diferente”. Para a presidente, um dos sinais é o PIEE, que permite que as empresas planejem os anos seguintes. “Não vai faltar energia, faremos todos os esforços no sentido de assegurar o abastecimento.”

 

Em meio a uma crise política com o Congresso, Dilma reconheceu que “obstáculos nesses momentos, quando têm de ser enfrentados, a melhor resposta é governar respeitando a democracia”.

 

A presidente reconheceu ainda que os marcos regulatórios precisam ser alterados. “Marcos regulatórios precisam melhorar”, disse após defender compromissos com a democracia. “Há questões que têm de ser encaradas; temos de encarar licenciamento”, ponderou.

 

A presidente ressaltou a importância de interação entre o setor público e o privado. Para a presidente, esse foi um dos fatores para elevar a classe média do País. Dilma finalizou seu discurso dizendo que os impactos dos investimentos serão vistos nos próximos dez anos. (Diário do Grande ABC/Agência Estado)