Câmbio favorável ajuda lucro da Toyota a crescer 10% no trimestre

Associated Press

 

A montadora japonesa Toyota viu seu lucro crescer 10% no período abril­junho, em relação ao mesmo intervalo de 2014. O resultado foi beneficiado pelo iene desvalorizado e pelos esforços de redução de custos, que compensaram a queda das vendas de veículos.

 

A empresa lucrou 646,3 bilhões de ienes (US$ 5,2 bilhões) no seu primeiro trimestre fiscal. A receita cresceu 9% na mesma comparação, para 6,98 trilhões de ienes (US$ 56,3 bilhões).

 

No entanto, a companhia vendeu cerca de 127 mil veículos a menos, num total de 2,1 milhões de unidades, durante o trimestre. As vendas definharam no Japão, em outras partes da Ásia e na Europa, mas permaneceram sólidas na América do Norte.

 

A Toyota foi a maior montadora do mundo nos últimos três anos, mas foi ultrapassada pela alemã Volkswagen nas vendas de veículos globais no primeiro semestre deste ano.

 

O presidente da Toyota, Akio Toyoda, disse que a empresa está no caminho certo para o crescimento sustentável, depois de ter sobrevivido tanto ao tsunami no Japão em 2011 ­ que suspendeu a produção ­, quanto aos recalls maciços, especialmente nos Estados Unidos.

 

A fabricante do híbrido Prius, dos modelos de luxo Lexus e do sedã Corolla deixou a sua previsão de lucro inalterada em 2,25 trilhões de ienes (US$ 18 bilhões) para o ano fiscal, a se encerrar em março de 2016.

 

“Taxas de câmbio favoráveis e os esforços de redução de custos foram os principais fatores positivos”, disse o diretor operacional, Tetsuya Otake, sobre o balanço trimestral. “A queda das vendas de veículos e o aumento das despesas relacionadas às iniciativas para reforçar a competitividade foram os fatores negativos”.

 

Depois da onda de recalls, Toyoda anunciou a suspensão da expansão da empresa ­ como a construção de fábricas automatizadas ­ e direcionou o foco para cortes de custos, controles de qualidade, treinamento de pessoal e ampliar a produtividade das fábricas existentes. Mas essa estratégia, que durou três anos, foi suspensa no início deste ano. (Associated Press)