Produção de veículos no Brasil sobe em julho e exportações são recorde no acumulado do ano

Reuters

 

A produção de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil em julho subiu 5,9% ante junho, para 224,8 mil unidades, informou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) na última sexta-feira (4).

 

Na comparação com julho do ano passado, a alta foi de 17,9%. No acumulado do ano até julho, a produção somou 1,488 milhão de unidades, alta de 22,4% sobre o mesmo período de 2016.

 

Já a venda de veículos novos caiu 5,2% em julho ante junho, para 184,8 mil unidades, mas na comparação ano a ano subiu 1,9%. No ano, a venda acumulada chega a 1,204 milhão de unidades, alta de 3,4%.

 

O setor terminou julho com estoques de menores que em junho, apesar do aumento na produção. O volume de veículos novos estocados em pátios de montadoras e em concessionárias somou 217,7 mil unidades no mês passado ante 220,1 mil em junho.

 

As exportações de veículos e máquinas agrícolas em julho somaram US$ 1,38 bilhão, alta de 46,8% ante julho de 2016. No acumulado até julho no ano, as exportações subiram 52% ante 2016, para US$ 8,79 bilhões.

 

Considerando o número de veículos, as exportações da indústria cresceram 42,5% sobre julho do ano passado, para 65.722 unidades. O acumulado dos primeiros sete meses do ano foi recorde histórico para o período, com exportações de 439.586 unidades, crescimento de 55,3% na comparação anual.

 

“Foi o melhor acumulado de exportações da história e caminhamos para termos recorde no ano”, disse o presidente da Anfavea, António Regale, em entrevista a jornalistas, acrescentando que os maiores mercados foram Argentina, México, Chile, Uruguai e Colômbia.

 

O setor terminou julho com 12.198 funcionários com algum tipo de restrição a jornada de trabalho por conta de medidas de ajustes de produção do setor, praticamente estável sobre o mês anterior.

 

A Anfavea decidiu manter suas estimativas de crescimento das vendas de 4% em 2017, para 2,133 milhões de veículos, disse o presidente da Anfavea.

 

“Como tivemos um mês de tomada de decisões políticas importantes, preferimos aguardar mais um mês antes de ajustarmos nossa previsão para as vendas”, disse Regale, acrescentando que o viés para caminhões e ônibus é de corte nas estimativas e no caso de veículos leves a perspectiva é de elevação. (Reuters/Alberto Alerigi Jr. e Raquel Stenzel)