Fábricas do Brasil e da Argentina da GM querem abastecer a América do Sul

O Estado de S. Paulo

 

A General Motors quer que os carros importados da marca pelas unidades do grupo na América do Sul sejam fornecidos, em sua maioria, pelas fábricas do Brasil e da Argentina. Hoje, boa parte dos modelos vendidos em países como Chile, Peru, Colômbia e Equador vem da Coreia, Europa e México. Ganhar esses novos mercados é um dos desafios do presidente da recém-criada divisão GM Mercosul, Carlos Zarlenga, que já presidia a filial brasileira e agora passa a comandar também a operação argentina. A companhia fatiou a região em três divisões: GM Mercosul (reúne Brasil e Argentina), GM Andina (Colômbia, Equador e Venezuela) e GM Central (Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai).

 

Qual a vantagem de unificar a GM brasileira e a argentina? Os dois mercados são muito semelhantes. Com essa consolidação vamos conseguir alocar melhor os recursos, aproveitar as melhores experiências de cada um dos dois países e homogeneizar o portfólio dos produtos. Além disso, teremos mais velocidade. Conseguiremos chegar mais rápido aos dois mercados com soluções de varejo, ofertas, comunicação etc. Menos burocracia vai fazer uma grande diferença.

 

E como isso ajudará o Brasil e a Argentina a exportarem mais para a região? Com produtos mais parecidos, inclusive em itens específicos, como emissões, consumo e segurança, vamos conseguir maior eficiência, maior capacidade produtiva e custos menores, o que pode nos ajudar a exportar mais. Para isso, precisamos também de um trabalho forte de eficiência e redução de custos.

 

Qual o tamanho do mercado de carros na América do Sul? Em 2016, a região consumiu 3,67 milhões de veículos, dos quais 583,5 mil eram da General Motors. Somos a marca líder desse mercado, com 16% de participação. Desse total, mais de 70% foram vendidos no Brasil e na Argentina. Somos a número um em todos os países da região, exceto a Argentina. Nossa participação está crescendo lá e buscar a liderança é outro desafio para nós. No Brasil conseguimos o posto no ano passado e vamos trabalhar para mantê-lo. (O Estado de S. Paulo)