Em 2016, 3,5 mil processos entre importação e exportação na Dana tramitaram pelo Departamento de Comércio Exterior. Neste ano, com a recuperação do mercado e as novas aquisições, a expectativa é que as transações aumentem em pelo menos 20%.
A área é estratégica dentro da companhia, uma vez que por ela passam todos os processos de negociação que implicam diretamente na linha de produção. A partir dos primeiros contatos com os clientes e fornecedores fora do Brasil, realizados pelas áreas de programação das diferentes unidades da Dana Brasil (Gravataí, Diadema, Jundiaí, Campinas e Sorocaba), o setor de logística internacional busca a melhor alternativa para cada caso, fazendo contato com os fornecedores e definindo o processo mais adequado. Segundo a gerente Daniela Scherer, o investimento em logística pode ser um importante diferencial competitivo.
O time de logística internacional responde pela parte de fretes, operador logístico e despachante. Na Dana, há um time operacional e um profissional que se dedica às negociações. Toda a área de contratos de logística está concentrada na unidade de Gravataí. “Com o passar dos anos, a nossa área foi sendo notada como de estratégia de negócio. O nosso time de vendas conta com o nosso expertise para fazer isso acontecer”, salienta Daniela.
A equipe, responsável por todas as transações realizadas na América do Sul, é formada por nove colaboradores, sendo oito mulheres e um homem. Para a gerente, a forte presença feminina garante a necessária flexibilidade. “Ao mesmo tempo que é preciso um lado comercial forte para conseguir fazer as negociações e atender aos prazos, temos que ser muito metódicas”. Isso porque qualquer deslize nas negociações pode abortar um processo. Um erro em uma documentação, por exemplo, pode acarretar na perda de uma licença de exportação. Por isso, a empresa mantém uma política muito restrita de Comércio Exterior, com rígidos critérios de compliance.
O time se mantém afinado por meio de constantes treinamentos. “Não basta conhecer a legislação brasileira. A gente tem que entender muito bem o que pode e o que não é permitido lá fora”, destaca Daniela, salientando que a empresa realiza treinamentos com despachantes justamente para garantir a integridade na relação com esses órgãos governamentais. “O Brasil é um dos países que mais tem burocracia e exigências”, avalia a gerente.
Na Dana, são 30 os países envolvidos nas transações de importação e exportação. No entanto, muitas vezes as tratativas são discutidas via parceiros. “Estabelecendo parcerias com trading para que eles reduzam o número de documentos e de operações”, finaliza Daniela.