AutoIndústria
Janeiro trouxe um novo cenário bem mais relevante para o segmento de veículos híbridos no Brasil. A tecnologia esteve presente em 12,6 mil veículos licenciados no mês, 8% do total de automóveis e comerciais leves.
Em igual mês do ano passado, os híbridos haviam acumulado pouco mais da metade, 7,6 mil emplacamentos.
Esse salto da ordem de 65% deve-se, em boa medida, aos híbridos leves Fiat Fastback e Pulse, que alcançaram 2,9 mil licenciamentos, melhor resultado de seus três primeiros meses de vendas.
A dupla garantiu à Fiat a segunda colocação no ranking das marcas que mais vendem híbridos, atrás somente da BYD, que negociou 4 mil unidades, e já à frente, pela primeira vez, da também chinesa GWM, que vendeu 2,2 mil. As concorrentes, porém, só este ano começarão a fabricar híbridos no País.
Outro mérito da Fiat foi ultrapassar a Toyota, pioneira na oferta de automóveis híbridos de produção nacional, com o Corolla, em 2019, e depois Corollla Cross.
A marca japonesa, que em meados deste ano ampliará seu portfólio híbrido com o lançamento do Yaris Cross fabricado em Sorocaba, SP, negociou somente 1 mil unidades, incluindo nessa conta os modelos importados, ainda que poucos.
O quarteto formado por BYD, Fiat, GWM e Toyota, assim, responderam por 10,3 mil veículos em janeiro, mais de 80% dos híbridos emplacados. Os quase 20% restantes foram divididos por outra dúzia de marcas, algumas com menos de cem emplacamentos.
Já ao fim deste ano, contudo, essa predominância de poucas marcas no segmento deve diminuir. Até lá, outras montadoras com fábricas aqui começarão a vender híbridos nacionais. Fazem parte dessa lista, por exemplo, Volkswagen, Renault e General Motors.
Fabricante dos modelos Fiat, a própria Stellantis deve ajudar nessa maior pulverização ao adotar a hibridização leve ou superior em veículos Citroën, Peugeot e Jeep, outras três de suas cinco marcas vendidas no Brasil. (AutoIndústria/George Guimarães)