AutoIndústria
Depois de baterem recorde histórico no ano passado, com 15,8 milhões de unidades, as vendas de veículos usados iniciaram 2025 novamente em ascensão e sinalizando para um ano tão bom quanto ou até melhor do que o anterior.
Nesta terça-feira, 4, a Fenauto, entidade que reúne cerca de 48 mil lojas de automóveis, comerciais leves e pesados, motos e implementos rodoviários, informou que os negócios em janeiro superaram 1,22 milhão de unidades, 2,1% a mais do que no primeiro mês de 2024.
A comparação com as transações de dezembro último, entretanto, indicam forte recuo de 16,9%. Mas nada que não estivesse previsto pelo setor.
Segundo a Fenauto, historicamente os gastos acentuados do começo do ano com, por exemplo, IPVA, IPTU, férias e matrículas escolares, afugentam os consumidores temporariamente.
Os negócios com motos e comerciais leves foram os que mais avançaram: respectivamente, 5,8% e 4,4%. As vendas de automóveis de passeio oscilaram positivamente 0,5%, de 766,5 mil mil para 770,5 mil unidades. Ainda assim, o segmento respondeu por cerca de 63% do total de usados.
Em algumas regiões, o crescimento com relação a janeiro foram substancialmente mais relevantes. É o caso do Nordeste, onde as vendas superaram em 15,7% as do mesmo mês de 2024 — muito em função das atividades turísticas na região. Na contramão, ficaram os estados do Sudeste, cujas vendas recuaram 4,6%.
“Acreditamos que se as condições da economia se mantiverem estáveis, as vendas devem crescer paulatinamente nos próximos meses”, avalia Enilson Sales, presidente da entidade.
No ranking de automóveis de passeio mais negociados, destaque para liderança do Volkswagen Gol, com 56,5 mil unidades no mês passado, quase o dobro do segundo colocado Chevrolet Onix (31,2 mil) e do terceiro Fiat Palio (30,2 mil).
Entre os comerciais leves, a Fiat Strada repete o sucesso que vem registrando no segmento de novos. A picape compacta alcançou 26,7 mil unidades contra 16,1 mil da Volkswagen Saveiro e 13,3 mil da Toyota Hilux.
Líder histórica do mercado brasileiro de motos, a Honda CG acumulou 66,8 mil unidades negociadas. A marca japonesa também teve a segunda e terceira colocada Biz (33,8 mil) e NXR (25.8 mil). (AutoIndústria/George Guimarães)