Para 2025, Anfavea prevê alta na produção maior do que a das vendas

AutoIndústria

 

Ao contrário deste ano, que registra crescimento nas vendas e nas importações acima da produção, 2025 deve ser um ano mais positivo para as linhas de veículos brasileiros.

 

Após fazer balanço favorável de 2024, frisando ser um “ano a ser celebrado”, Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea revelou as projeções para o ano que vem, estimando alta de 6,8% na produção, de 2,574 milhões para 2,749 milhões.

 

A expansão deverá ser concentrada totalmente em veículos leves, com 7,3% de acréscimo, de 2,4 milhões para 2,58 milhões de unidades. Para caminhões e ônibus, a previsão é de uma produção no mesmo patamar de 2024, na faixa de 169 mil unidades.

 

“O crescimento de 6,8% que projetamos para produção leva em consideração as novas fabricantes e também as novas tecnologias”, esclareceu Lima Leite.

 

Já no caso das vendas internas, a alta projetada é de 5,6%, de 2,65 milhões para 2,8 milhões, incluindo leves e pesados. A expansão também será maior no segmento de carros e comerciais leves – acréscimo de 5,5%, de 2,5 milhões para 2,65 milhões – e menor no de caminhões e ônibus (mais 2,1%, de 146 mil para 149 mil).

 

Em 2024, o número de emplacamentos é 15% superior ao de 2023, enquanto a produção registra acréscimo de 10,7%, com 2,574 milhões de veículos deixando as linhas de montagem brasileiras.

 

O que explica esse gap, segundo a Anfavea, é a estagnação das exportações e sobretudo a alta impressionante do ritmo das importações. Até novembro, a venda de veículos vindos de fora teve alta de 31,5% (463 mil unidades no total), volume puxado por veículos vindos de fora do Mercosul, sobretudo da China.

 

Dentre os pontos positivos de 2024, o presidente da Anfavea destacou a geração de 10 mil empregos só nas montadoras. Além disso, falou do anúncio de um ciclo de investimento de R% 180 milhões, incluindo as autopeças, o maior da história do setor, lembrando também de programas importantes, como o Mover e o Combustível do Futuro. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)