AutoIndústria
A Mercedes-Benz deposita expectativas positivas nos mercados de caminhões e ônibus em 2025. Com a consolidação dos veículos adequados às normas do Proconve P8 observada neste ano, a fabricante enxerga a manutenção do crescimento impulsionado pelo aquecimento das atividades econômicas em geral.
Para o mercado de caminhões, a projeção de alta do PIB deverá manter o balcão de negócios movimentado. Pelos cálculos de Jefferson Ferrarez, vice-presidente de Vendas, Marketing, Peças e Serviços Caminhões da Mercedes-Benz, o ano deve fechar com 116 mil unidades emplacadas acima de 6 toneladas, o que significará um aumento de 19%. “Praticamente o mesmo volume de 2022, o último ano de Euro 5, mas sem o efeito pré-compra, o que mostra a tendência positiva.”
O executivo estima para 2025 um mercado entre 3% e 5% maior que este ano. As apostas seguem com o agronegócio, a construção civil, o segmento florestal e a mineração. “Já estamos identificando investimentos por meio do PAC, não só em grandes obras, mas também por prefeituras. Há também licitações, uma delas recente é para compra de 4,8 mil caminhões.”
Outros motores observados pelo vice-presidente de vendas são a tendência de aumento consumo, o que deverá aquecer o varejo e, por consequência, a distribuição urbana de carga, além dos frutos negociados na Fenatran 2024.
No segmento de ônibus, a projeção é de um mercado por volta de 21,5 mil unidades em 2024, crescimento em torno de 7%. “A boa notícia é que esse número ultrapassará o volume de 2019, de 20,7 mil, ou seja, antes da pandemia, comemora Walter Barbosa, vice-presidente de Vendas, Marketing, Peças e Serviços Ônibus da Mercedes-Benz.
“Todos os segmentos performaram bem. Micro cresceu 9%. Ônibus Urbano, embora tenha caído 3%, estamos falamos de 7,8 mil, é um número extraordinário, mesmo sendo 3% menor. Fretamento cresce 36% e o rodoviário 37%, com volumes em torno de 2 mil unidades cada.”
Segundo estima Barbosa, a venda de ônibus em 2025 deve ficar entre 23 mil e 25 mil unidades. “Estamos vendo um mercado ainda melhor que este ano. O segmento de urbano terá muita renovação e ampliações, vale lembrar que há pouco mais de quatro anos, apenas 16 cidades tinham algum tipo de subsídio, hoje são mais 360 munícipios com subsídios e 103 deles com tarifa zero. Isso, naturalmente aumentará a demanda.”
O executivo também enxerga no horizonte o estímulo do PAC da Mobilidade. “Ele está funcionando, são R$ 10,6 bilhões disponíveis. Por óbvio que não vai ser tudo isso em compra de ônibus. O desejo é de ao menos 1,5 mil ônibus elétricos, 1,8 mil a diesel espalhados pelo Brasil”. (AutoIndústria/Décio Costa)