Portal Terra/Mobilidade
O reinado dos carros 1.0 está chegando ao fim no Brasil com a introdução do novo Imposto Verde, que vai substituir o IPI dentro do Programa Mover. Isso terá consequência na taxação e nos preços dos carros.
A afirmação foi feita nesta sexta-feira, 6, pela Bright Consulting, por meio de artigo publicado em sua plataforma pelo especialista Cassio Pagliarini, que trabalhou durante anos nas montadoras Ford, Renault e Hyundai.
“Deixará de fazer parte dos critérios de taxação o conceito de cilindrada, que não é mais representativo pela oferta dos motores turbo. Com essa mudança, deve acabar o reinado dos motores 1 litro e cada montadora usará a cilindrada que melhor se preste à sua aplicação”, escreveu Pagliarini. “Por outro lado, deverá ser introduzido na taxação o conceito de potência.”
O artigo de Cassio Pagliarini traz uma visão geral da Bright Consulting – que tem vários especialistas do setor automotivo – para o futuro próximo da descarbonização dos veículos no Brasil. “Acreditamos que existirão alíquotas diferenciadas para cada tipo de combustível, inclusive com uma classificação para motores rodando exclusivamente a etanol”, afirmou.
Pagliarini explica que atualmente os carros são taxados pela cilindrada. Esse é o motivo de o mercado brasileiro ser dominado pelos carros 1.0, reinado que vem desde o início dos anos 1990.
“Para os veículos a combustão pura, as alíquotas de automóveis são calculadas com base na cilindrada e combustível utilizado, de 5,27% a 18,81%. Para comerciais leves a alíquota geral é de 5,2%. Para caminhões e ônibus a alíquota básica é 0%, com pequenas variações para caminhões leves segundo a aplicação”, expica o especialista da Bright.
E acrescenta: “Para automóveis e veículos de uso misto eletrificados – híbridos ou elétricos – as alíquotas dependem da eficiência energética e da massa dos veículos, variando de 5,27% a 15,05%”. Leia aqui o artigo completo de Cassio Pagliarini. (Portal Terra/Mobilidade)