AutoIndústria
A Volkswagen não está conseguindo atender a alta demanda pela picape Saveiro, que hoje tem fila de espera de até dois meses nas concessionárias da marca.
A ideia é ampliar sua oferta no ano que vem, a partir da transferência de parte da linha Virtus hoje concentrada na fábrica da Anchieta, no ABC paulista, para o complexo de São José dos Pinhais, PR, conforme revelou o CEO e presidente da Volkswagen Brasil, Ciro Possobom, na noite de quinta-feira, 28, em evento realizado em São Paulo.
“Queremos seguir crescendo acima do mercado em 2025, com operação em dois turnos nas nossas fábricas. Um dos produtos que está faltando é a Saveiro, por isso vamos abrir espaço em São Bernardo do Campo”, comentou o executivo,
Na ocasião, o vice-presidente de Vendas e Marketing da Volkswagen do Brasil, Roger Corassa, também falou sobre a ideia de ter produção ampliada da picape e sobre o sucesso que a picape mantém no mercado brasileiro apesar de estar na estrada há mais de quatro décadas:
“Não existe produto antigo, o que existe é produto mal posicionado”, avalia Roger.
Lançada em 1982, a Saveiro chegou ao mercado como a terceira derivação do Gol, depois do Voyage e da Parati. Na época, suas concorrentes eram a Fiat 147 Pick-up/City e a Ford Pampa.
Desde então, nunca passou por uma reformulação completa como aconteceu nesta década com a Fiat Strada, lançado em 1998 e sua principal e única concorrente atualmente. A Volkswagen detém 28% do mercado de picapes pequenas e a marca italiana os demais 72%.
A participação poderia ser maior, segundo Roger, se a Volkswagen tivesse mais produto para ofertar, o que pretende mudar no ano que vem. Foram 44,6 mil emplacamentos da Saveiro de janeiro a outubro deste ano, alta de 16,8% sobre as 38,2 mil licenciadas em idêntico período de 2023.
Sobre eventuais mudanças na sua picape pequena a Volkwagen nada adianta. O que é sabido é que no pacote de R$ 16 bilhões de investimento anunciado para o Brasil, um dos novos produtos é uma picape a ser feita no Paraná. É um complemento de linha e não substituição, como já informaram executivos da marca. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)