Motor 1
Depois de surpreender (e confundir) o mercado com o lançamento da nova marca AUDI exclusiva da China, a Audi novamente volta a falar sobre a novidade para explicar detalhes do posicionamento. Em publicação no LinkedIn, o CEO do grupo Volkswagen na China, Ralf Brandstätter, afirmou que o objetivo da submarca é alcançar novos nichos do gigantesco mercado chinês e atrair clientes que normalmente não comprariam um Audi tradicional de quatro argolas.
“É claro que ainda haverá veículos com as quatro argolas na China. A nova marca com as letras AUDI tem um design mais progressivo, mas é 100% DNA da Audi. Ela abordará outros novos grupos de clientes na China que não cobrimos anteriormente com as quatro argolas. Uma boa adição ao nosso portfólio na China. Temos um plano ousado. Não se preocupe”, disse Brandstätter quando questionado.
“O mercado chinês é muito diferente do resto do mundo. As demandas dos clientes são diferentes. E é por isso que uma gama adicional com o logotipo AUDI e um design progressivo faz sentido. Isso nos permite atingir novos grupos de clientes para a marca em um mercado em rápido crescimento”, completou. Dessa forma, a AUDI terá a missão de conquistar “clientes premium chineses jovens e experientes em tecnologia”, separados da clientela tradicional da Audi.
O lançamento da AUDI foi oficializado na semana passada e a escolha do nome (letras maiúsculas sem as tradicionais quatro argolas) foi feita após a equipe de marketing descartar outras opções, como Auto Union, DKW, Horch, NSU e Wanderer (alcunhas de peso histórico dentro da empresa). Resgatar um batismo do passado provavelmente não atrairia o público jovem, como esperado, e começar do zero com nome e logotipo completamente diferentes teria chamado bem menos atenção.
Manter a conexão da Audi com a nova submarca homônima deve ajudar os veículos elétricos a se destacarem mais do que os carros comuns vendidos pelas montadoras chinesas. Toda a operação da AUDI será concentrada na China e tocada em parceria com a SAIC. O portfólio será composto inicialmente por três modelos, todos elétricos e construídos a partir da plataforma Advanced Digitized Platform co-desenvolvida com a parceira chinesa. (Motor 1/Dyogo Fagundes)