Ram estuda desenvolver motor flex para a sua picape brasileira

AutoIndústria

 

Ao lançar a linha 2025 da Rampage, com nova versão de entrada a diesel para ampliar suas vendas internamente, a Ram revelou a possibilidade de a marcar investir no desenvolvimento de motorização flex para a sua picape produzida no Polo Automotito de Goiana, em Pernambuco.

 

“Realizamos clínicas constantes, pelo menos cinco vezes por ano”, comentou Juliano Machado, vice-presidente da marca Ram para a América do Sul. “Nas últimas consultas, detectamos interesse do consumidor em ter a opção flex a etanol na linha da Rampage, o que nos leva a considerar projeto nesse sentido”.

 

Atualmente, os motores da picape brasileira, tanto diesel quanto gasolina, são importados da Itália. Se houver a opção pela oferta também de motor flex, a produção será local, revelou Machado.

 

Vale lembrar que a Stellantis, lança no Brasil nesta semana a tecnologia Bio Hybrid, incialmente em modelos da Fiat. A empresa já adiantou, contudo, que estenderá o sistema híbrido flex a etanol para outras marcas do grupo. Ou seja, com motor flex a picape nacional da Ram passa a ser candidata a esse desenvolvimento.

 

Por conta da Rampage, que teve vendas iniciadas em agosto do ano passado, a marca Ram vem crescendo exponencialmente no Brasil. No acumulado até setembro, suas vendas tiveram alta de 214%, para 22,5 mil unidades.

 

A expectativa da marca é encerrar 2024 com 32 mil a 33 mil emplacamentos, dos quais 28 mil do modelo produzido no complexo pernambucano e o restante de importados.

 

Sua rede de concessionárias, limitada 40 pontos em 2019, já está em 128 e outros sete devem ser abertos até dezembro, totalizando 135. A grande maioria são lojas conjuntas com a marca Jeep, também do Grupo Stellantis.

 

Além de atender o mercado interno, a Rampage também é exportada para vários países da América do Sul. “Da Guatemala para baixo, estamos presentes em vários mercados. Na Argentina, por exemplo, a Ram tem 1,5% de market share considerando o mercado total”, lembrou Machado. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)