Honda mexe bem pouco na família City 2025

AutoIndústria

 

Menos de três anos depois de chegar ao mercado, a atual geração do City e City Hatch mereceu algumas mudanças cosméticas de desenho e de conteúdo na linha 2025, nas revendas em 9 de novembro.

 

Esteticamente, a Honda não fui além de discretíssimas alterações nos para-choques dianteiro e traseiro, grade frontal e de alguns detalhes. Manteve, de forma geral, o conservadorismo original dos dois modelos e que, até agora, não foi capaz de colocá-los em evidência em seus respectivos segmentos.

 

A marca, ainda assim, afirma que sedã e hatch passaram por “um significativo trabalho no design” e que  “modificações estéticas deram mais atitude esportiva ao New City Hatchback, enquanto a tônica do New City Sedã foi a sofisticação e elegância”.

 

Apesar dessa visão própria, é fato que o consumidor comum terá que, tanto no caso do hatch como do sedã, ter um olhar mais atento para distinguir os modelos 2025 dos fabricadas desde o fim de 2021. Ajudarão as novas rodas, talvez.

 

Sob o capô, nenhuma alteração. Na era dos turbinados, a montadora manteve o motor quatro cilindros aspirado de 1.5  aspirado acoplado ao câmbio CVT.

 

Os maiores ganhos mesmo foi na oferta de itens de série, destaque desde 2021. Mas nada muito além do que se vê na concorrência, em especial na versão de entrada LX, que, apesar disso, já ocnta com quadro de instrumentos em tela TFT de 4,2 polegadas – EXL e Touring têm tela bem maior, de 7 polegadas e configurável.

 

Versões e preços

 

New City Sedã LX – R$ 117.500,00

New City Sedã EX – R$ 126.000,00

New City Sedã EXL – R$ 134.200,00

New City Sedã Touring – R$ 142.400,00

New City Hatchback LX – R$ 117.500,00

New City Hatchback EX – R$ 125.000,00

New City Hatchback EXL – R$ 133.200,00

New City Hatchback Touring R$ 141.400,00

 

Mas há, sim, algumas boas distinções a partir da versão EX, como o freio de estacionamento eletrônico e o brake hold, que mantém o veículo parado até o condutor retomar a aceleração.

 

A adoção dos dois novos dispositivos implicaram em outro ganho para o consumidor: os freios traseiros a disco nas versões acima da EX.

 

Também a partir dessa versão, os dois modelos tiveram o custo-benefício melhorado ainda por agregarem o pacote Honda Sensing, antes exclusivo da topo Touring, e que inclui, dentre outros recursos, controle de cruzeiro adaptativo, frenagem automática de emergência, sistema de identificação e manutenção na faixa de rolagem e comutação automática de farol.

 

Média mensal de vendas de cerca de 1 mil unidades

 

Mesmo como atributo desde o lançamento da atual geração, o bom nível de conteúdos e de acabamento não foi suficiente para que as vendas de City e City e City Hatch deslanchassem. Até hoje, foram contabilizados somente 45,1 mil licenciamentos do sedã e 35,7 mil do hatch.

 

Nos primeiros nove meses de 2024, chegaram às ruas 11,2 mil unidades do sedã compacto, apenas o quarto lugar na categoria que reúne seis veículos, enquanto do hatch foram 10,3 mil,  número que faz do representante da Honda apenas o décimo colocado  entre doze modelos do segmento.

 

A média de cerca de 1 mil licenciamentos por mês, portanto, tem sido a tônica da família City. A exceção ficou por conta do sedã, que em 2022 alcançou 22 mil emplacamentos, desempenho que de vendas que caiu pela metade no ano passado, para 11,8 mil.

 

Em 2024, a família City, somados os dois modelos está muito longe do HR-V, veículo líder da marca. O SUV, também produzido em Itirapina, SP, acumulou 35,7 mil licenciamentos de janeiro a setembro, 55% dos 63,7 mil veículos negociados pela Honda no mercado interno. (AutoIndústria/George Guimarães)