Scania lança modelo 10×4 de 560 cv para mineração

O Estado de S. Paulo/Mobilidade

 

O Scania 560 G 10×4 XT Heavy Tipper Super acaba de chegar ao mercado. O caminhão, lançado na Exposibram 2024, realizada em setembro, em Belo Horizonte, chega com 250 horas a mais de disponibilidade. O 560 G 10×4 XT tem peso bruto total (PBT) de 71 toneladas, além de longarina dupla para garantir maior robustez e, de acordo com a marca, capacidade máxima de tração técnica (CMT) de 210 toneladas.

 

Segundo o diretor de desenvolvimento de negócios da Scania Brasil, Marcelo Gallao, o veículo 10×4 vai atrair o cliente tradicional do 8×4, que busca uma capacidade maior de minério transportado.

 

“Não é uma substituição, muito pelo contrário, eles têm vocações diferentes. Estamos expandindo o portfólio no transporte mais pesado ao oferecer o 560 cv e o 660 cv”, diz.

 

O novo caminhão tem chassi com comprimento total de 9,9 metros, fazendo sentido em minas onde as estradas permitem raio de giro de até 11 metros, tendo como vantagem a facilidade em manobras. O caminhão traz longarinas duplas de 9,5 mm, além de uma interna de 8 mm. Segundo a Scania, isso garante melhor geometria do chassi, além de maior disponibilidade do veículo.

 

Diferenciais

 

A Scania conseguiu ampliar o intervalo de manutenção do modelo para 750 horas, ou 50% a mais que na versão anterior, de 500 horas. Há a possibilidade, também, do intercambiamento de peças com o modelo 8×4.

 

O caminhão tem dois sistemas de freio – de liberação de compressão (CRB) e o auxiliar hidráulico Scania Retarder, ambos de série. De acordo com a marca, juntos os dispositivos somam 1.153 cv de potência de frenagem. Ainda segundo o diretor de negócios da Scania Brasil, é a maior capacidade de frenagem do mercado.

 

Motor 8% mais econômico

 

Conforme dados da Scania, o 560 G 10×4 XT Heavy Tipper Super tem motor de seis cilindros em linha e 13 litros com potência de 560 cv e torque de 285,7 mkgf. Trata-se do maior motor da gama Super no País.

 

O propulsor traz aumento da pressão de pico no cilindro para 250 bar, bem como duplo comando de válvulas no cabeçote e fricção reduzida dos componentes internos. Como resultado, a marca informa que houve melhorias na lubrificação, refrigeração e eficiência do turbocompressor.

 

Além do comando duplo no cabeçote, há o Scania Twin SCR, um sistema de injeção dupla de Arla 32, que ajuda a aumentar a eficiência do processo de pós-tratamento dos gases. Essas mudanças permitiram redução de consumo de diesel de 8% na comparação com o modelo anterior.

 

O motor trabalha em conjunto com a transmissão G33CH e a Opticruise automatizada de 14 marchas. Trata-se de uma caixa de alumínio 80 kg mais leve na comparação com a geração passada. A planetária pesada, com 22 mm a mais de largura das engrenagens, permite distribuir melhor o peso e oferece maior capacidade.

 

Off-Road bem equipado

 

No quesito segurança, o novo caminhão vem com air bag do tipo cortina – a Scania é a única marca do País a oferecer esse item. No novo fora de estrada, o componente vem de série e visa justamente proteger o motorista em caso de ocorrer tombamento lateral.

 

Do mesmo modo, há várias soluções eletrônicas no 10×4. De acordo com a Scania, o modelo pode ser configurado para ser teleoperado. Nesse caso, o sistema funciona via controle remoto, em modo não-tripulado, para atuar em áreas de risco, como descomissionamento de barragens na mineração.

 

Outro destaque do Scania Super é a oferta, também de série, da nova unidade de otimização do tanque de combustível, um recurso exclusivo da Scania para esse tipo de modelo. Batizado de FOU (Fuel Optimization Unit), o sistema funciona como um tanque de captura capaz de garantir a utilização máxima do combustível, o que possibilitou passar de 87% para 97% de diesel utilizável nos tanques. (O Estado de S. Paulo/Mobilidade/Andrea Ramos)