Milano é o primeiro elétrico da Alfa Romeo

AutoIndústria

 

Aqui ela continua na gaveta da montadora e na memória dos saudosistas mais veteranos, apesar de sua longa história nas ruas brasileiras. Lá fora, entretanto, a Stellantis engatou nesta quarta-feira, 10, mais uma marcha na corrida de resgate da Alfa Romeo, marca que, especialmente pela esportividade, cativou por décadas aficionados não só na Europa como nos Estados Unidos e na América do Sul.

 

E esse novo passo carrega o nome Milano, cidade sede da Anonima Lombarda Fabbrica Automobili, a Alfa, que adotou o sobrenome Romeo graças ao empresário Nicola Romeo. E se trata de um SUV compacto, montado sobre a plataforma Stellantis e-CMP2 e que será vendido em versões elétricas e híbrida leve de 48 volts

 

As primeiras unidades devem chegar às mãos dos clientes da Europa a partir de setembro e, no caso das versões elétricas, com motores de 154 cv e de 237 cv, variante ainda mais esportiva batizada de Veloce. Segundo a Alfa, o Milano elétrico pode rodar até 410 km (ciclo WLTP) com uma carga completa na bateria de 54 quilowatts-hora.

 

Já a versão híbrida combina um motor 1.2 de três cilindros a gasolina de 134 cv de potência com outro elétrico de 21 quilowatts integrado com transmissão automática de seis velocidades e dupla embreagem. Terá trações dianteira e nas quatro rodas, com o motor elétrico responsável pelo movimento das rodas traseiras.

 

O novo SUV mede 4.170 mm de comprimento, 1.780 mm de largura e 1.500 mm de altura. Os preços, entretanto, não foram revelados. Mas não devem ficar muito acima dos valores praticados para seu irmão de plataforma Jeep Avenger, que custa próximo de € 38 mil quando elétrico e bem menos, a partir de € 27 mil, quando dotado de motorização híbrida.

 

Alfa Romeo Milano

 

Carlos Tavares, CEO da Stellantis, apresentou os planos da Alfa Romeo para o novo veículo que será inicialmente produzido na fábrica Tychy, na Polônia, onde já é montado o próprio Avenger e o Fiat 600. Muitoebreve sairão de lá também os elétricos de entrada da parceira chinesa Leapmotor.

 

A opção pela planta polonesa, justificou o executivo, resultará em preço final até € 10 mil menor diante de um Milano eventualmente produzido na Itália. “Partiria [o preço] de cerca de € 40 mil em vez de € 30 mil e limitaria o seu mercado”, acabou sugerindo Tavares.

 

Potencialmente, o Milano pode entrar para a história como o último lançamento da marca fundada em 1910 a dispor de versão com motor a combustão interna — no ano passado, a Stellantis afirmou que a Alfa só contará com veículos a bateria a partir de 2027.

 

Já tem, é certo, o título de primeiro Alfa Romeo totalmente elétrico. (AutoIndústria/George Guimarães)