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A atual greve do Ibama iniciou em 2 de janeiro de 2024, e depois de 60 dias já afeta diretamente o setor de veículos elétricos brasileiro. Os veículos elétricos que chegam ao Brasil dependem de licenças ambientais que comprovam os padrões exigidos pela nossa legislação. Com a paralisação da emissão das licenças, já são mais de 30.000 veículos à espera de documentação para poderem finalmente chegar aos pontos de venda.
Marcas como GWM e BYD são as mais afetadas, pois não tem fábricas no Brasil, e seus modelos elétricos e híbridos vindos da China seguem pendentes de liberação. Mesmo as marcas com fábricas em solo brasileiro, como Stellantis, Volkswagen, Nissan e Toyota, também estão com seus veículos importados da Argentina parados. É o caso de lotes do Fiat Cronos e Peugeot 208, fabricados em Córdoba e El Palomar, e Volkswagen Amarok e Taos vindos da fábrica de Pacheco. A Toyota tem lotes de Hilux e SW4 fabricados em Zárate e a Nissan de Frontier fabricado em Córdoba.
Impactos da greve do Ibama
- Fiscalização: A paralisação impede a realização de operações de fiscalização contra crimes ambientais como desmatamento ilegal, garimpo, pesca predatória e tráfico de animais.
- Licenciamento Ambiental: A emissão de licenças para novos empreendimentos está paralisada, o que impacta o desenvolvimento econômico do país.
- Monitoramento Ambiental: A coleta de dados sobre o meio ambiente está comprometida, dificultando a avaliação dos impactos das atividades humanas e a tomada de decisões para a proteção ambiental.
- Combate às Mudanças Climáticas: As ações de combate às mudanças climáticas, como a preservação da Amazônia, são prejudicadas pela falta de recursos e pessoal.
As reivindicações dos agentes do Ibama
- Reajuste Salarial: A categoria reivindica um reajuste de 33,23%, equivalente à perda inflacionária desde o último reajuste.
- Recomposição do Orçamento: O Ibama precisa de mais recursos para investir em infraestrutura, equipamentos e pessoal.
- Melhores Condições de Trabalho: Os servidores reivindicam melhores condições de trabalho, como a fornecimento de equipamentos de proteção individual e a realização de concursos públicos para repor o déficit de pessoal.
Até o momento, as negociações entre o governo e a categoria não avançaram. O governo propôs um reajuste de 5%, considerado insuficiente pelos servidores. (Portal Leouve/Fabiano Souza)