Mercado de caminhões começa voltar à normalidade

Transporte Moderno

 

O mercado de caminhões começa a recompor os volumes depois da desaceleração que teve no início do ano passado. Em fevereiro, saíram da linha de montagem das montadoras 10.162 veículos, 28% a mais que em janeiro deste ano (7.941 unidades). O resultado também é 25,1% superior a fevereiro do ano passado, quando houve 8.123 veículos fabricados.

 

No acumulado de janeiro a fevereiro deste ano, a produção chegou a 18.103 unidades, com aumento de 48,7% sobre os 12.172 caminhões fabricados no mesmo período de 2023, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

 

“No ano passado, houve desaceleração na produção de caminhões por causa do impacto com a introdução da nova lei de emissões do Proconve P8 (Euro 6), mas esse crescimento de 25% na produção de fevereiro em relação a fevereiro de 2023 e de 28% sobre janeiro de 2024 mostra que o setor começa a voltar à normalidade”, comentou Eduardo Freitas, vice-presidente da Anfavea.

 

Do total de caminhões produzidos no primeiro bimestre deste ano, 10.731 são modelos pesados, 4.124 são semipesados, 358 de médios, 2.816 leves e 74  semileves.

 

Vendas

 

A quantidade de caminhões emplacados em fevereiro deste ano aumentou 1,9% em relação a janeiro deste ano, de 8.217 para 8.376 unidades. O crescimento foi de 3,3%, em comparação a fevereiro de 2023 (8.108 unidades). Mas no acumulado de janeiro a fevereiro, a queda é de 10,6%, com 16.593 veículos comercializados no país, ante os 18.565 veículos vendidos no primeiro bimestre de 2023.

 

O vice-presidente da Anfavea explicou que no emplacamento de caminhões houve o mesmo fenômeno da transição da nova fase de emissões de P7 para P8 (Euro 6), mas com efeito contrário. “As vendas acumuladas de janeiro e fevereiro de 2024 comparadas com o mesmo período de 2023 tiveram queda de 10,6%. Esse resultado negativo é porque no ano passado houve antecipação de compras de veículos Euro 5, da fase P7, com custo menor. Então tivemos uma base forte de vendas nos primeiros meses de 2023”, esclareceu Freitas.

 

Dos 16.593 caminhões vendidos no primeiro bimestre deste ano, 8.813 são modelos pesados, 4.299 semipesados, 1.295 leves, 1.145 médios e 1.041 semileves.

 

Ranking

 

No ranking do setor a Volkswagen Caminhões e Ônibus ficou com a liderança, com 4.079 caminhões vendidos no acumulado de janeiro e fevereiro deste ano, 7,3% a menos do que no mesmo período de 2023 (4.402 unidades). O segundo lugar ficou com a Mercedes-Benz, que teve 3.380 veículos comercializados no país, com queda de 32,9% sobre janeiro e fevereiro do ano passado (5.040 unidades).

 

A Volvo ficou em terceiro lugar com 3.071 veículos vendidos no primeiro bimestre deste ano, volume 6,6% inferior ao mesmo período de 2023 (3.288 unidades). Já a Scania ficou em quarto, com 2.512 veículos, 48,9% a mais que janeiro e fevereiro de 2023 (1.687 unidades).

 

A DAF, quinta colocada, vendeu 1.534 caminhões, 17,5% a mais do que no primeiro bimestre do ano passado (1.306 unidades). Enquanto a Iveco, que está em sexto lugar, comercializou 996 caminhões, 35,9% abaixo de janeiro e fevereiro de 2023 (1.555 unidades).

 

Exportações

 

Nas exportações, o mercado de caminhões apresentou aumento de 112,6% em fevereiro em relação a janeiro, de 625 para 1.329 unidades. Mas em relação a fevereiro do ano passado (1.650 unidades) houve queda de 19,5% e no acumulado de janeiro e fevereiro deste ano a retração foi de 27%, com 1.954 veículos vendidos no exterior, ante os 2.676 comercializados no mesmo período do ano passado.

 

Do total de caminhões exportados no primeiro bimestre deste ano, 1.029 são modelos pesados, 686 semipesados, 30 médios, 171 leves e 38 semileves.

 

Em CKD (veículos desmontados), foram exportados 1.510 veículos pesados no primeiro bimestre deste ano – 1.099 caminhões e 411 ônibus –, número 24% inferior aos 1.987 veículos exportados no mesmo período do ano passado (1.591 caminhões e 396 ônibus). (Transporte Moderno/Sonia Moraes)