Déficit do setor de autopeças atinge US$ 1,1 em bilhão em janeiro

Transporte Moderno

 

A indústria de autopeças registrou em janeiro de 2024 déficit de US$ 1,1 bilhão na balança comercial, o que representou aumento de 14,7% em relação ao saldo negativo de US$ 967,7 milhões registrado no mesmo mês de 2023, conforme mostra o relatório divulgado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

 

O Sindipeças esclarece que desde outubro de 2022, é a primeira vez que o déficit comercial das autopeças voltou a crescer, motivado pela aceleração das atividades e as perspectivas favoráveis desenhadas para o setor automotivo nesse ano. “Nesse intervalo de 16 meses (entre outubro de 2022 e janeiro de 2224), as variações interanuais das exportações superaram as das importações, justificando o recuo do déficit no período.”

 

No primeiro mês deste ano, as importações, que atingiram US$ 1,7 bilhão, com aumento de 7,9% em relação ao US$ 1,5 bilhão registrado em janeiro de 2023 e 27,3% acima do US$ 1,3 bilhão registrado em dezembro de 2023. Esse resultado superou as exportações que totalizaram US$ 561,7 milhões, ficando 3,5% abaixo de janeiro de 2023 (US$ 581,8 milhões) e 6,6% inferior à de dezembro de 2023 (US$ 601,3 milhões).

 

“A atividade no setor demonstrou ter sido mais forte em relação a dezembro de 2023 e praticamente estável quando comparado com o mesmo mês do ano passado, o que explica, em certa medida, o crescimento das aquisições no exterior”, esclareceu o Sindipeças.

 

Importações

 

As importações provenientes de 119 países mostram que a dependência da China permanece elevada, com o total de US$ 293,6 milhões registrados em janeiro deste ano, 20,5% superior ao mesmo mês de 2023 e representou 17,6% do total das compras realizadas no exterior.

 

Na sequência está o Japão com US$ 195,1 milhões, montante 65,5% superior a janeiro de 2023 e 11,7% de participação. Dos Estados Unidos foram importados US$ 171,04 milhões de autopeças, valor 1% inferior a janeiro de 2023 e o país tem 10,2% de participação.

 

A Alemanha teve 10,1% de representatividade, com o total de US$ 168,6 milhões, 13,4% abaixo de janeiro do ano passado. O México, que aparece em quinto lugar no ranking, teve 7,2% de participação, com US$ 120,6 milhões, número 0,1% inferior a janeiro de 2023.

 

Exportações

 

O Sindipeças explica que nas exportações, mesmo com a crise na Argentina pressionando o câmbio, com desvalorização média frente ao dólar de 131% entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, o país vizinho se manteve como principal parceiro nas relações comerciais automotivas entre os 149 mercados que os componentes foram exportados em janeiro deste ano, tendo 29,2% de participação com o total de US$ 163,9 milhões, 15% inferior a janeiro de 2023.

 

Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com US$ 92,3 milhões, 6,2% inferior a janeiro de 2023 e 16,4% de participação, seguido pelo México que garantiu US$ 67,7 milhões, 0,1% a mais que no primeiro mês de 2023 e a participação foi de 12,1%.

 

A Alemanha teve 5,1% de participação nas exportações, com US$ 28,7 milhões, 31,8% inferior a janeiro de 2023 e a Colômbia, que a aparece em quinto lugar, teve 3,6% de representatividade, com US$ 20,4 milhões, aumento de 5,7% sobre janeiro de 2023. (Transporte Moderno/Sonia Moraes)