Picape inédita da VW vai ser maior que Saveiro e menor que Amarok

O Estado de S. Paulo/Jornal do Carro

 

Há tempos a Volkswagen ensaia o lançamento de uma picape intermediária no Brasil, para concorrer com a Fiat Toro. Mas, enquanto as rivais se mexeram – a Ford trouxe a Maverick do México e Ram acaba de lançar a pernambucana Rampage –, a marca alemã sequer renovou seus modelos compacto e médio (Saveiro e Amarok, respectivamente).

 

Agora, enfim, o modelo deve sair do papel. Ao anunciar novos investimentos no País, de R$ 16 bilhões até 2028, a VW informou que lançará 16 modelos nesse período. Um deles será justamente uma picape, com produção em São José dos Pinhais, no Paraná.

 

Assim, a Amarok continuará sendo feita na Argentina e a Saveiro, na planta da Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). Aliás, o modelo compacto também pode ganhar nova geração em breve.

 

O conceito do novo produto foi revelado no Salão do Automóvel de São Paulo de 2018. Porém, a picape, batizada de Tarok, acabou sendo deixada de lado. Ao menos até agora.

 

O protótipo tinha 4,91 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1,67 m de altura e 2,99 m de distância entre os eixos. Além disso, a capacidade e carga anunciada pela VW à época era de cerca de uma tonelada. Para comparação, a Toro tem 4,94 m de comprimento, 1,85 m de largura, 1,68 m e altura e 2,99 m de entre-eixos. Porém, a capacidade de carga é inferior a 700 kg.

 

Embora não haja detalhes sobre o novo modelo, o designer Kleber Silva, da KDesign, fez projeções com base na identidade visual dos modelos da VW, sobretudo no Brasil. Assim, a picape inédita deve ter elementos de carros como o SUVs Taos.

 

O trem de força é outro mistério. Mas a maior aposta é no motor 1.5 TSI, que substituirá o 1.4 TSi do Taos e da versão esportiva GTS do Polo. O novo quatro-cilindros, mais eficiente que o anterior, será feito na fábrica de São Carlos (SP) e deve ser utilizado nos futuros sistemas híbridos que a marca promete lançar no País.

 

Outros 15 carros serão feitos no País ou importados, incluindo inéditos, novas gerações e reestilizações de produtos que já existem. É o caso da Amarok, que terá reestilização e já roda em testes finais.

 

Segundo o CEO da VW, Ciro Possobom, o plano prevê ainda o lançamento de novos elétricos. Ele não deu detalhes, mas entre os mais prováveis estão o ID.2, compacto que chega em 2025, e o sedã ID.7, sucessor do Passat. Durante a celebração dos 70 anos da marca no Brasil, em 2023, o executivo pousou ao lado do novo SUV.

 

Ele também disse que um modelo inédito com motor a combustão será lançado. Rumores apontam para a volta do Gol, em formato que remete a um SUV. Na semana passada, a prefeitura de Taubaté chegou a divulgar um post nas redes sociais confirmando a volta do carro com o texto “Gol volta a ser fabricado em Taubaté, com investimento de R$ 1 bilhão.” Porém, a VW negou.

 

Fora do mercado brasileiro desde 2021, o Edge terá a produção encerrada. A última unidade do modelo vai sair da linha da fábrica no Canadá no dia 26 de abril. O motivo é que a Ford pretende tornar a planta em um centro de veículos elétricos. A previsão é de que a modernização comece no segundo semestre e a promessa é de produção de cinco novos modelos já em 2025. (O Estado de S. Paulo/Jornal do Carro/Thais Villaça e Tião Oliveira)