Das cinco marcas da Stellantis, só a Jeep vendeu menos em janeiro

AutoIndústria

 

A Stellantis encerrou janeiro com exatos 30% de participação considerando as vendas de suas cinco marcas ofertadas no País. O índice é ligeiramente inferior à fátia média de 32% que a montadora obteve em seus primeiros três anos de existência. No ano passado, por exemplo, respondeu por 31,5% dos licenciamentos.

 

A menor participação neste início de 2024 deveu-se ao crescimento das vendas bem abaixo da média de 16% do mercado. Os 45,6 mil automóveis e comerciais leves negociados com os logotipos da Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e RAM representaram avanço pouco acima de 10%.

 

Mas das cinco marcas da empresa, quatro aumentaram o número de veículos emplacados, duas abaixo da média do mercado. É o caso da Fiat, líder nos últimos três anos e também em janeiro, que alcançou 30,8 mil licenciamentos em janeiro, 8% a mais do que em igual mês do ano passado, e da Citroën, ao atingir 2,2 mil unidades, 14% a mais, mas sobre uma base comparativa muito baixa.

 

Volumes baixos também explicam o significativo crescimento de 45% na comparação anual da Peugeot, para 2,4 mil unidades, e ainda mais o salto de 380% da RAM. A marca de picapes de luxo esbarrou nos 2,3 mil licenciamentos, com ajuda especialmente da Rampage, modelo nacional lançado apenas no segundo semestre de 2023 e que respondeu por 1,7 mil unidades no mês passado.

 

Quem destoou nesse time mesmo foi a Jeep, a única com queda dos negócios. Os SUVs da marca somaram menos de 7,9 mil licenciamentos, recuo de 7,5% sobre janeiro de 2023, enquanto o segmento de utilitários esportivos registrou crescimento de 21%.

 

O número e o recuo acentuam as dúvidas sobre a capacidade imediata de reação da Jeep, que em 2023, pela primeira vez, perdeu a liderança para a Volkswagen entre os SUVs e vem registrando seguidas quedas de participação nos últimos meses e até anos.

 

Se em 2001 chegou a deter fatia de 9,5% para aparecer como a quinta marca mais negociada de automóveis de passeio, baixou para 8,7% em 2022 e 7,4% em 2023, dois anos em que passou a ocupar a sexta colocação no ranking. (AutoIndústria/George Guimarães)