O Estado de S. Paulo/Jornal do Carro
Ao celebrar 99 anos de operação no Brasil, a GM anuncia investimentos de R$ 7 bilhões no País até 2028 para renovar sua gama de produtos e focar a chamada mobilidade sustentável. Além disso, promete modernizar fábricas e desenvolver “tecnologias customizadas para o mercado brasileiro.”
Desde que a GM anunciou que faria apenas carros zero emissões a partir de 2035, muito se especulou sobre os futuros passos da Chevrolet no Brasil. Afinal, a marca sempre foi econômica ao tratar de temas como a produção local e até da importação desses veículos.
Seu único elétrico no País, o Bolt, nas versões EV e EUV, teve a produção encerrada nos EUA em 2023. Outros, como os SUVs Equinox e Blazer e a picape Silverado, ainda não passaram de promessas.
Agora, embora não confirme, a GM vai apostar em carros híbridos flexíveis no Brasil. É o que disse, nas entrelinhas, o presidente da GM International, Shilpan Amin. “Além de ser um polo exportador de veículos para a América do Sul, conta com um amplo centro de desenvolvimento de engenharia e é um mercado com alto potencial de crescimento com vocação também para veículos de novas tecnologias, em sintonia com a matriz energética predominantemente limpa do País”, disse o executivo.
Ou seja, a “matriz energética predominantemente limpa” a que ele se refere é o etanol. Assim, a empresa deve combinar o combustível de origem vegetal a novas tecnologias de propulsão.
É cedo para cravar quais modelos receberão o sistema. Mas dá para afirmar que o que faz mais sentido é implementar o sistema em carros focados no mercado local. Portanto, que são feitos na região.
Ao rever os planos da concorrência, o futuro da GM fica mais nítido. Afinal, Stellantis (Citroën, Fiat, Jeep e Peugeot), Volkswagen, Nissan, Toyota e Renault já revelaram seus projetos de novos carros híbridos, com sistemas leve, pleno e plug-in para o Brasil.
Portanto, a GM deve iniciar seu processo de eletrificação pela categoria cujas vendas mais crescem no mundo, a de SUVs. Assim, o mais provável para estrear o sistema híbrido flex leve é o Tracker – ou um inédito modelo compacto.
Outra aposta é na Montana, picape intermediária que vem ganhando participação de mercado. Já os médios Trailblazer (SUV) e S10 (picape) poderiam receber um sistema mais sofisticado plug-in, por exemplo. Já a linha Onix (hatch) e Plus (sedã) passariam a ter sistema híbrido leve.
Por ora, a Chevrolet informa que terá seis lançamentos no País em 2024. Desses, três são atualizações de modelos que já existem. O primeiro será a linha 2025 da Spin, que a marca passou a chamar de crossover e que deve chegar até abril.
Depois, será a vez da renovação da picape S10 e de sua versão SUV, Trailblazer. Equinox EV e Blazer EV virão em seguida. Ainda não está claro qual será o sexto lançamento. (O Estado de S. Paulo//Jornal do Carro/Thais Villaça)