O Estado de S. Paulo/Mobilidade
O projeto de implantação do BRT-ABC, primeiro com frota 100% elétrica do Brasil, vai beneficiar mais de 200 mil passageiros por dia a partir de 2025. O sistema BRT (sigla para Bus Rapid Transit) conectará, ao longo de 17 km, a região do Grande ABC à capital paulista, passando também por São Caetano do Sul e Santo André.
Financiamento
As informações são do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pelo financiamento da obra. Os recursos de R$ 80 milhões são do Fundo Clima, programa que financia projetos de mitigação das mudanças climáticas. O investimento total previsto é de R$ 1,2 bilhão e a expectativa é de que sejam gerados mais de 10 mil empregos.
O BRT-ABC deverá ter 16 estações de embarque e desembarque por onde circulará uma frota de 92 veículos 100% elétricos climatizados, silenciosos e não poluentes, em três tipos de serviço: expresso, semiexpresso e parador.
O expresso, com menos paradas e velocidade média de 25 km/h, deve unir São Bernardo do Campo a São Paulo em 40 minutos. O semiexpresso deve levar 43 minutos. E o parador, 52 minutos.
Ainda segundo o BNDES, semáforos inteligentes, faixas exclusivas e pontos de ultrapassagem entre os ônibus vão permitir o deslocamento rápido e seguro dos usuários.
Integração
BRT-ABC vai integrar os sistemas municipais ao metrô e ao trem. No Terminal Tamanduateí, haverá integração do BRT com a Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo e a Linha-10 Turquesa, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Pelo Terminal Sacomã, será possível acessar o centro da cidade de São Paulo por meio do corredor Expresso Tiradentes e também pela Linha-2, do Metrô.
O financiamento do BNDES foi aprovado para a empresa ABC Sistema de Transporte SPE S.A. (Next Mobilidade), concessionária estadual responsável pelo transporte intermunicipal por ônibus da área 5 da região metropolitana de São Paulo que inclui os municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e São Paulo. (O Estado de S. Paulo//Mobilidade/Marina Oliveira)