Hilux SRX Plus tem virtudes da GR-S, sem custar tanto

O Estado de S. Paulo/Jornal do Carro

 

A Toyota Hilux acaba de ganhar uma nova versão no Brasil, batizada de SRX Plus e com preço sugerido de R$ 334.890. A novidade traz atualizações no visual e elementos vindos da configuração esportiva, GR-Sport, de topo da linha, cuja tabela é de R$ 372.890.

 

Entre os destaques, estão as bitolas maiores – o eixo dianteiro ganhou 140 mm e o traseiro, 155 mm. Além disso, os braços de suspensão foram alargados e há novos amortecedores, de tubo duplo e com 3 mm a mais de diâmetro. Na prática, isso aumenta o conforto e também a estabilidade.

 

Atras, os amortecedores foram deslocados para a parte externa do chassi. Essa solução, adotada na Hilux GR-S e na Ford Ranger, por exemplo, contribui com a dirigibilidade e ajuda a deixar o carro completamente sob controle.

 

Ponto também para o eixo traseiro com barra estabilizadora que, segundo a Toyota, aumentou a rigidez torcional em cerca de 20%. Com isso, a picape ficou mais firme sobretudo em curvas.

 

Além disso, a Hilux SRX Plus é 20 mm mais alta e tem ângulo de ataque 1 grau maior que o das versões convencionais. Outro destaque são os freios a disco no eixo traseiro.

 

Os para-lamas foram alargados e o para-choque dianteiro tem novas entradas de ar. O defletor de ar no lugar do santantônio também ajuda, de acordo com a Toyota, a reduzir o ruído gerado pelo ar atrás.

 

A cabine traz bons níveis de acabamento e equipamentos, como central multimídia com tela de 9 polegadas sensível ao toque. Há, ainda, portas USB e conexão de celulares via Bluetooth com aplicativos Android Auto e Apple CarPlay. Sete airbags e o sistema de segurança ativa Toyota Safety Sense também estão no pacote.

 

Boa na terra

 

Avaliamos a nova Hilux SRX Plus na terra, onde foi possível comprovar que os ajustes na suspensão mostraram seu valor. Com a tração reduzida acionada, a picape enfrenta subidas como se estivesse em um local plano.

 

Contribui com isso o conhecido motor 2.8 turbodiesel de quatro cilindros, que gera potência de 204 cv e torque de 50,9 mkgf às 2.800 rpm. O modelo tem fôlego de sobra nas acelerações e, com o novo sistema de discos atrás, as frenagens são bastante eficientes.

 

No trecho preparado pelo time da marca, com várias ondulações, a picape se mostrou estável e silenciosa. Ao mudar de trajetória em velocidade alta, estabilidade impressiona. A mesma sensação foi percebida em trecho de asfalto.

 

Em suma, a nova versão da picape da Toyota oferece boa estabilidade tanto em condições extremas quanto em vias bem pavimentadas. Além disso, tem bom nível de acabamento e, com os novos ajustes, a marca resolveu boa parte das queixas mais comuns dos compradores do modelo.

 

O preço sugerido da nova opção é R$ 10 mil mais alto que o da SRX, digamos, comum, que, segundo a Toyota, representa cerca de 45% das vendas do modelo. Com isso, fica posicionada como a segunda mais cara da linha.

 

Em 2023, a Hilux foi a média mais vendida do Brasil. Com 46.200 emplacamentos, ficou 20,2 mil unidades à frente da vice-líder, Chevrolet S10. (O Estado de S. Paulo/Jornal do Carro)