Peru fecha 2023 com queda de 2,3% na comercialização de veículos comerciais

Truck & Bus Builder América do Sul

 

O mercado peruano fechou 2023 com a venda de 17.327 caminhões e ônibus, 2,3% abaixo dos 17.729 veículos comercializados no ano anterior. De acordo com dados da AAP (Associação Automotriz do Peru), os segmentos de caminhões e cavalos mecânicos caíram 1.4%, com 15.095 unidades contra 15.311 de 2022, e o de ônibus e miniônibus apresentou retração de 7,7%, com 2.232 unidades, em relação às 2.418 do período anterior.

 

É importante destacar que, apesar de as vendas acumuladas de caminhões em 2023 serem inferiores a 2022 e 2021, o desempenho é o terceiro melhor dos últimos nove anos. Ou seja, de 2015 a 2020, a média de veículos vendidos era de pouco mais de 12 mil/ano e no triênio 2021/2023, saltou para mais de 15 mil unidades anuais.

 

Se no acumulado do ano houve queda, em dezembro o Peru registrou crescimento de vendas de 9,8%, em relação ao mesmo mês de 2022. Foram 1.331 veículos comerciais pesados, contra 1.212. Em caminhões e cavalos mecânicos foram 1.161 unidades no último mês de 2023, com elevação de 10,9% sobre os 1.047 veículos, e 170 ônibus e miniônibus contra 165 de dezembro do ano passado, com aumento de 3%.

 

A reação apresentada no último mês de 2023 é reflexo da aquisição de novos veículos para a renovação das frotas nas empresas, principalmente do setor mineiro; uma das poucas atividades económicas que conseguiram sustentar um bom desempenho em 2023 no país.

 

“No entanto, o saldo do ano acabou por ser negativo devido à diminuição registrada por outros setores que habitualmente compras caminhões e ônibus, dada a queda do investimento privado, como a construção, a indústria transformadora, entre outros”, explicou Alberto Morisaki, gerente de Estudos Econômicos e Estatísticas da Associação Automotriz do Peru (AAP).

 

Segundo Morisaki, o comportamento das vendas em ônibus e miniônibus responde também à diminuição do investimento privado, somada aos problemas causados ​​pelos fenómenos meteorológicos e pelo aumento do conflito social durante o primeiro semestre, e aos problemas financeiros de diversas empresas do setor de transporte. que são afetados pelo alto grau de informalidade. (Truck & Bus Builder América do Sul)