AutoIndústria
O mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves deve crescer 12% em 2024, aponta projeção da Fenabrave, Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. A entidade que congrega os concessionários de veículos de todo o País projeta vendas de 2,44 milhões de unidades.
Na última quinta-feira, 4, a Fenabrave confirmou o desempenho desses dois segmentos em 2023, com os licenciamentos alcançando quase 2,18 milhões de unidades, 11,3% acima do consolidado em 2022.
Agora, segundo José Maurício Andreta Júnior, presidente da entidade, as expectativas de curto prazo sobre o cenário econômico interno justificam as estimativas de crescimento da ordem de dois dígitos para todos os segmentos em 2024.
“Será um ano, com certeza, melhor do que 2023”, afirma o dirigente, que indica a maior oferta de crédito e os índices de inadimplência e de desemprego caindo como alguns dos fatores que contribuirão favoravelmente para os negócios sobretudo de carros de passeio.
“O que vende caminhão é PIB, o que vende automóvel é crédito. Estamos muito otimistas de que as medidas que estão sendo tomadas pelo governo recentemente acelerarão o crescimento da economia e a oferta de crédito.”
A Fenabrave entende ainda que a taxa básica de juros seguirá recuando nos próximos meses e pode encerrar o ano abaixo de 10%. É um conjunto de condições, medidas e fatores, afirma Andreta, que pode proporcionar novamente uma maior escala de produção.
“Escala é a palavra-chave deste momento. Inclusive para que a indústria volte a oferecer produtos de menor preço.”
Caminhões e ônibus
A Fenabrave também estima crescimento de dois dígitos para os segmentos caminhões e ônibus.
Os veículos de carga devem alcançar 114,6 mil unidades, cerca de 10% a mais do que as 104,1 mil licenciadas no ano passado e que representaram queda de 16,4% frente a 2022. “Mas, pessoalmente, tenho certeza de que será mais”, ponderou Andreta.
Já para as vendas de ônibus, que cresceram 12,6% em 2023, para 24,6 mil unidades, a entidade projeta o maior índice de crescimento em 2024: 20%. (AutoIndústria/George Guimarães)