Scania estima alta de 14% nas vendas de caminhões em 2024

AutoIndústria

 

A percepção otimista da Scania para 2024 coloca na projeção da empresa um crescimento da ordem de 14% no mercado de caminhões acima de 16 toneladas, segmento no qual a fabricante atua.

 

Se realizado, as vendas nas categorias de pesados e semipesados alcançará em torno de 93,5 mil unidades, considerando um encerramento por volta de 82 mil emplacamentos em 2023.

 

Na projeção, a Scania espera desempenho semelhante ao do mercado. Alex Nucci, diretor comercial da companhia, reúne fatores que encaminham a fabricante para também crescer em participação.

 

“O ano de 2023 começou difícil, com custo maiores, restrições no crédito, juros altos e excesso de veículo Euro 5. De agosto em diante e, particularmente no último trimestre, o ambiente é outro. As vendas começaram a destravar. As compras do varejo estão voltando e o mercado já assimilou o Euro 6, que já chega a representar 70% das vendas.”

 

Nucci conta que já tem para o primeiro trimestre de 2024 compromisso de entregas de 60% da produção programada para o período e entre 30% e 40% para o segundo trimestre.

 

Diante do cenário, o executivo espera ter no fim de 2024 participação superior a 15% no mercado acima de 16 toneladas, fatia que detinha em 2021, quando registrou emplacamentos de 15,1 mil caminhões. Até novembro de 2023, a Scania fechou com 14,7% das vendas.

 

O diretor também aponta como alavanca no desempenho o reforço na categoria de caminhões semipesados, componente na oferta da fabricante antes praticamente inexistente na fase Euro 5. “Os modelos com motores na faixa de 280 a 360 cv são os caminhões de apoio dos clientes da mineração, florestal e do agronegócio, segmento da economia que temos liderança.”

 

Os bons ventos que Nucci espera ainda se mostram nas tendências e no comportamento do mercado transportador em geral. “O frete está aquecido. Há investimento previsto de US$ 250 milhões na mineração. O segmento madeireiro segue positivo com aporte de R$ 60 bilhões. O agronegócio, embora espere uma quebra na safra de grãos entre 8% e 10%, ainda assim será a terceira maior colheita. Tem ainda o PAC que, certamente, movimentará obras”. (AutoIndústria/Décio Costa)