Com queda de 18%, Mercedes-Benz vê concorrentes avançarem em 2023

AutoIndústria

 

A estrela de três pontas dos automóveis da Mercedes-Benz está precisando de uma boa polida no Brasil. As vendas da marca alemã de luxo estão em forte declínio em 2023 e devem encerrar o ano com o pior resultado em 15 anos.

 

De janeiro a novembro, aponta levantamento da Fenabrave, foram registrados exatos 3.751 licenciamentos de automóveis Mercedes-Benz ante 4,4 mil de igual período do ano passado. Em 2008, a empresa negociou pouco menos de 3,7 mil unidades de seus sedãs e SUVs.

 

A Mercedes-Benz é agora apenas a sexta marca mais vendida do segmento. Há apenas quatro anos, em 2019, era segunda colocada, rivalizava com a BMW e vendia o triplo de veículos. E um ano antes, em 2018, liderou pela última vez o segmento com mais de 12 mil licenciamentos.

 

A marca encerrou a produção no Brasil em dezembro de 2020. A fábrica de Iracemápolis, SP, onde eram prozudiso o utilitário esportivo GLA e sedã Classe C, foi fechada apenas quatro anos depois de sua inauguração.

 

Na época, sob a alegação de custos produtivos elevados e mercado interno em declínio.

 

A queda de 18% contrasta com crescimentos robustos das principais marcas concorrentes. A BMW, líder do segmento com 13,4 mil unidades vendidas no ano, foi que menos avançou, 7%.

 

Mas a Volvo (7,1 mil), segunda colocada, avançou 60%, a Audi (5,6 mil), na terceira posição, cresceu 22% e a Land Rover (4,4 mil), em quinto, vendeu 33% a mais.

 

A quarta colocação no ano é da Porsche. A marca de esportivos que custam acima dos R$ 500 mil vendeu quase 4,8 mil unidades em onze meses, salto de nada menos do que 64%!

 

No ranking geral da Fenabrave, a Mercedes-Benz aparece na 21ª colocação, quatro posições abaixo do que no acumulado de janeiro a novembro do ano passado.

 

Além da Land Rover e Porsche, foi ultrapassada também pelas novatas chinesas GWM e BYD, ambas ainda importadoras, mas com produção local confirmada para a partir de 2024 e 2025. Ironicamente, os carros da GWM sairão de Iracemápolis, da fábrica comprada da Mercedes-Benz. (AutoIndústria/George Guimarães)