Para 80% dos fornecedores automotivos, a eletrificação no Brasil será gradual

Frota & Cia

 

Estudo mostra que mais de 80% dos fornecedores automotivos acredita que o Brasil conviverá com veículos flex enquanto avança no processo de eletrificação e 34% deles já está pronto ou se preparando para o crescimento na demanda de componentes de EVs. A pesquisa foi realizada pelo Boston Consulting Group (BCG) em parceria com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e com o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

 

O BCG ouviu 65 empresas do setor automotivo brasileiro, sendo 23 delas com mais de R$ 300 milhões em faturamento. Os resultados mostram que grande parte dos fornecedores automotivos estão apostando na penetração de veículos híbridos nos próximos 5 a 10 anos. “Devemos conviver com diferentes tecnologias em paralelo enquanto avançamos no processo de eletrificação no Brasil. Esta perspectiva demonstra alinhamento com a visão dos fornecedores automotivos. O Brasil está inserido na cadeia de suprimentos automotiva global e deve refletir sobre suas oportunidades e desafios neste momento de transição tecnológica”, afirma Masao Ukon, diretor executivo e sócio do BCG.

 

Para 30% dos entrevistados, o Brasil deve focar sua infraestrutura e capacidade para desenvolver veículos híbridos; 28% acreditam que o país deve se tornar o centro de exportação de peças e componentes para motores de combustão, considerando que alguns países do mundo também terão uma transição mais lenta para os elétricos.

 

Quando questionados sobre como a cadeia de fornecimento deve impactar o mercado no processo de eletrificação, 66% dos participantes afirmaram que a evolução da base de fornecedores pode atrasar a adoção de veículos eletrificados, enquanto 30% acreditam que a base de fornecedores irá se adaptar às necessidades da indústria e não deve impactar a transição para frotas elétricas. (Frota & Cia/Priscila Ferreira)