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Em março de 2021 a Jacto havia anunciado a construção de uma nova fábrica de 96 mil m², com implantação de tecnologias e instalações que atendem aos conceitos de Indústria 4.0, como um sistema automatizado de pintura com tecnologia de vanguarda, movimentação de materiais por veículos autônomos, sistema automatizado de armazenagem, além de um centro avançado de treinamentos.
Este projeto faz parte de um conjunto de ações que tem como principal objetivo oferecer excelência na experiência do agricultor. Lançamos uma nova linha de produtos em agosto do ano passado com três modelos de plantadeiras, uma colhedora de cana-de-açúcar e um pulverizador autônomo. Agora, estamos dando mais um grande passo, investindo em uma fábrica moderna para sustentar o crescimento previsto para os próximos anos.”, afirma Fernando Gonçalves Neto, diretor presidente da Jacto.
Inicia-se, então, uma fase de testes para que, em janeiro de 2024, a unidade passe a operar plenamente. Será iniciada, então, uma nova fase da trajetória da companhia, criada há 75 anos pelo imigrante japonês Shunji Nishimura e hoje capaz de rivalizar, em mercado e inovação, com as gigantes John Deere, Massey Ferguson, Case, New Holland, entre outras. “Com a planta nova estaremos com o estado da arte em termos de automatização e sistemas de produção”, afirmou ao site AgFeed Fernando Golçalves Neto, CEO da Jacto. “Cerca de 80% da operação será totalmente robotizada, com todo o sistema de gestão de suprimentos integrado”.
“Vamos multiplicar nossa capacidade de produção e poderemos atender melhor não apenas os nossos clientes locais, mas os de fora do país”, disse o executivo.
A unidade atual, também em Pompeia, será reconfigurada para produzir componentes a serem utilizados nas linhas de montagem da nova planta, que terá 96 mil metros quadrados.
A Jacto possui uma história de mais de 70 anos, que começou com o seu fundador Shunji Nishimura, e hoje está presente em mais de 100 países com fábricas no Brasil, na Argentina e na Tailândia e escritório comercial no México. A marca é particularmente reconhecida pelos seus produtos para pulverização e adubação, mas recentemente lançou também máquinas voltadas para plantio e tem feito investimentos na área de serviços para agricultura digital, com a grife Jacto Next.
Cada passo desse é planejado com disciplina nipônica pela empresa, com metas de longo prazo perseguidas como se fossem para amanhã. A construção da fábrica, por exemplo, é um dos pilares de um “plano estratégico de 100 anos”, elaborado na virada da década pelos acionistas e executivos da companhia.
O executivo também garante que essa rearrumação cíclica do mercado não altera a disposição de investir da companhia. “O momento ainda é de expansão”, diz. “Nessas horas, proporcionalmente, é que investimos mais”. Novamente, aqui, números são preservados em sigilo.
“A nova fábrica dará base para a evolução de novas tecnologias e junto com nossos valores e filosofia empresarial será alicerce para o nosso propósito rumo aos 100 anos com o mesmo espírito inovador e resiliência que nos trouxeram até aqui, mantendo renovada nossa visão otimista e mais sustentável do futuro”, comenta Ricardo Nishimura, acionista e presidente do conselho de administração do Grupo Jacto, que ainda acrescenta: “O agronegócio brasileiro continuará avançando e ganhará cada vez mais relevância na produção global de alimentos e na formação do PIB nacional”.
A Jacto exporta atualmente para mais de 100 países da América do Sul e do Norte, África e Europa. E vislumbra a expansão geográfica de suas vendas. Gonçalves esteve recentemente em missão para a China e não será surpresa ter as máquinas laranja da empresa, em breve, rodando por lavouras do continente asiático.
Em 1984, a Jacto foi pioneira na utilização desses modelos em suas unidades. Agora, dá um novo passo na mesma direção, pensando nos próximos cem anos. “Não temos pressa”, afirma Gonçalves. (Compre Rural/AGFeed)