Nissan ultrapassa a Honda na primeira quinzena de junho

AutoIndústria

 

Após encerrar o ano fiscal concluído em março com participação de 2,9%, a Nissan segue firme em seu projeto de ampliar gradualmente sua presença no mercado brasileiro.

 

“No segundo trimestre do ano atingimos 3,3%”, comenta o presidente e diretor geral da empresa no Brasil, Gonzalo Ibarzábal, revelando que a meta é atingir 3,9% ao final do atual ano fiscal.

 

Pelo balanço da quinzena, a Nissan ultrapassou a Honda no ranking das marcas mais vendidas no mercado brasileiro. Emplacou total de 3.357 veículos, com fatia de 3,2%, o que lhe garantiu a oitava colocação no Top 10. A Honda veio na sequência, com 3.106 licenciamentos, penetração de 3% e nova posição.

 

Certo é que a Honda vem perdendo mercado desde que suspendeu as linhas do Fit e Civic nacionais. Já a Nissan, por outro lado, consolidou seu portfólio local com cinco modelos, dos quais apenas o SUV Kicks é produzido localmente.

 

“Estamos operando a fábrica de Resende, no sul-fluminense, em dois turnos e estamos com equilíbrio entre oferta e demanda”, comentou Gonzalo, garantindo não haver planos de reduzir produção local como alguns marcas estão fazendo no momento.

 

Os demais modelos da Nissan são o mexicano Novo Versa, lançado recentemente, o também mexicano Sentra, a picape argentina Frontier e o elétrico Leaf. Segundo o presidente da empresa, todos os modelos estão com demanda crescente.

 

No programa de investimento da marca, que foi anunciado em abril do ano passado contemplado total de R$ 1,3 bilhão, há previsão de produzir novos modelos no País, com modernização da fábrica local. Por enquanto, contudo, a empresa não revela data de futuros lançamentos.

 

“Vamos seguir ampliando participação este ano com o portfólio atual”, garantiu Gonzalo. No disputado segmento de SUVs, o Kicks ocupa a sexta posição entre ano, com mais de 22 mil emplacamentos e fatia de 6,42%, conforme dados da Fenabrave.

 

Sobre o programa do carro mais barato, instituído pelo governo federal a partir da MP 1.175, o executivo o definiu como positivo, mas adiantou que para o mercado brasileiro se manter em alta é preciso, entre outros fatores, uma redução dos atuais juros.

 

Ele também defendeu a questão da previsibilidade como essencial num setor que se programa a médio e longo prazos e lembrou que a marca vem ampliando sua rede no Brasil. “Só no ano passado abrimos nove concessionárias, totalizando agora 195”. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)